Notícias / Cidades
Hcan recusa R$ 2,5 mi e diz esperar proposta ‘plausível’ da Prefeitura para quitação de dívidas
Da Redação - Vinicius Mendes
A direção do Hospital de Câncer de Mato Grosso se manifestou por meio de nota dizendo que irá aguardar uma outra proposta de repasse da Prefeitura de Cuiabá, já que os R$ 2,5 milhões oferecidos pela Secretaria Municipal de Saúde “não cobre nem mesmo a competência de dezembro de 2019”.
Em coletiva nesta quinta-feira (5) o secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, disse que a Prefeitura reconhece apenas R$ 3,5 milhões de dívida, enquanto o Hcan afirma que o valor é de mais de R$ 6,8 milhões. Na nota o hospital também repudiou a fala do secretário, que disse que o Hcan estaria tentando utilizar “o usuário SUS como moeda de troca”.
Leia mais:
Secretário reconhece parte de dívida e diz que Hcan cobra por serviços não prestados
Segundo o levantamento da secretaria, a prefeitura reconhece uma dívida de R$ 1 milhão referente ao mês de novembro do ano passado e a quantia de R$ 2,5 milhões do mês de dezembro.
Pôssas também disse que o Hcan deve à Prefeitura por já ter recebido valores de emendas parlamentares sem ter cumprido com o compromisso firmado, e explicou que já tentou repassar cerca de R$ 2,5 milhões para o Hospital do Câncer continuar funcionando, mas a direção recusou o recurso.
“A prefeitura reconhece parte da dívida, mas eles possuem uma dívida maior com a prefeitura de Cuiabá de valores que eles receberam em 2018, 2019 e não prestaram este tipo de serviço que foi através de emenda parlamentar. Não estou colocando condição para pagar uma dívida com outra. Já propusemos pagar parte da dívida e o Hospital de Câncer recusou. Eles querem os R$ 6,8 milhões ou nada. Então vão ficar sem nada. Não vamos deixar criar uma nova Sant Casa”, declarou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5).
Por meio de nota o Hospital de Câncer de Mato Grosso reafirmou que a dívida seria de mais de R$ 6.834.634, referentes a serviços prestados pelo Hcan a pacientes do SUS encaminhados via Central de Regulação. A instituição afirmou que o valor oferecido não quita a dívida e disse esperar uma proposta “plausível”.
“Em coletiva na data de hoje, 05 de março, o Secretário Municipal de Saúde Luiz Pôssas afirmou que repassaria à nossa instituição o valor de R$ 2,5 milhões. O Hospital compreende que esse recurso não cobre nem mesmo a competência de dezembro de 2019 que se encontra em aberto. Por não resolver, nem mesmo em parte, o problema, aguardamos uma proposta oficial plausível pela Prefeitura”.
O Hospital ainda se manifestou, na nota, contra as declarações do secretário municipal de Saúde. A instituição havia avisado que não deve continuar o atendimento aos pacientes que dependem de quimioterapia e hematologia, por falta de recursos e remédios. Pôssas disse: “Estamos prontos para pagar o que é devido, agora não é por o pé no pescoço, jogar a população contra. Nós não vamos admitimos usar o usuário SUS como moeda de troca”.
“Repudiamos, ainda, a fala do Sr Secretário, que afirma que o Hospital usa os pacientes como reféns. É lamentável tal entendimento de um gestor público. Externamos a nossa preocupação com a vida dos pacientes oncológicos, por isso esperamos que a situação seja solucionada o mais logo possível”, se manifestou a direção do hospital.
O caso
A situação teria começado em novembro do ano passado. Na época, somente parte do dinheiro teria sido repassado para o setor de Serviço de Informação Ambulatorial. O débito parcial seria de R$ 1 milhão. Já em dezembro, o valor de R$ 2,9 milhões também não teriam sido repassados. De acordo com a diretora, Silvia Negri, o Município está recebendo repasses do mês de fevereiro, mas o Hospital de Câncer ainda não recebeu de novembro de 2019.
Vários ofícios teriam sido enviados à Prefeitura de Cuiabá e a administração também estaria negociando prazos com fornecedores. A situação teria sido postergada por vários meses, mas teria ficado insustentável.
Apenas em 2019 o Hospital realizou mais de 82 mil atendimentos, sendo que 39% dos custos são bancados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante da demanda é atendido filantropicamente.
Leia a nota na íntegra:
O Hospital de Câncer de Mato Grosso reafirma seu compromisso há mais de 21 anos com a sociedade mato-grossense. Dentre os fatos acorridos nos últimos dias, apontamos que a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá deve ao HCanMT mais de R$ 6.834.634,50 de emendas, incentivos e serviços que já foram prestados pelo Hospital aos pacientes do SUS, pacientes esses que foram encaminhados via Central de Regulação conforme contrato vigente. O município de Cuiabá não quitou, nem mesmo, a parcela integral de novembro.
Em coletiva na data de hoje, 05 de março, o Secretário Municipal de Saúde Luiz Possas afirmou que repassaria à nossa instituição o valor de R$ 2,5 milhões. O Hospital compreende que esse recurso não cobre nem mesmo a competência de dezembro de 2019 que se encontra em aberto. Por não resolver, nem mesmo em parte, o problema, aguardamos uma proposta oficial plausível pela Prefeitura. Repudiamos, ainda, a fala do Sr Secretário, que afirma que o Hospital usa os pacientes como reféns. É lamentável tal entendimento de um gestor público. Externamos a nossa preocupação com a vida dos pacientes oncológicos, por isso esperamos que a situação seja solucionada o mais logo possível.
Em coletiva nesta quinta-feira (5) o secretário de Saúde de Cuiabá, Luiz Antonio Pôssas de Carvalho, disse que a Prefeitura reconhece apenas R$ 3,5 milhões de dívida, enquanto o Hcan afirma que o valor é de mais de R$ 6,8 milhões. Na nota o hospital também repudiou a fala do secretário, que disse que o Hcan estaria tentando utilizar “o usuário SUS como moeda de troca”.
Leia mais:
Secretário reconhece parte de dívida e diz que Hcan cobra por serviços não prestados
Segundo o levantamento da secretaria, a prefeitura reconhece uma dívida de R$ 1 milhão referente ao mês de novembro do ano passado e a quantia de R$ 2,5 milhões do mês de dezembro.
Pôssas também disse que o Hcan deve à Prefeitura por já ter recebido valores de emendas parlamentares sem ter cumprido com o compromisso firmado, e explicou que já tentou repassar cerca de R$ 2,5 milhões para o Hospital do Câncer continuar funcionando, mas a direção recusou o recurso.
“A prefeitura reconhece parte da dívida, mas eles possuem uma dívida maior com a prefeitura de Cuiabá de valores que eles receberam em 2018, 2019 e não prestaram este tipo de serviço que foi através de emenda parlamentar. Não estou colocando condição para pagar uma dívida com outra. Já propusemos pagar parte da dívida e o Hospital de Câncer recusou. Eles querem os R$ 6,8 milhões ou nada. Então vão ficar sem nada. Não vamos deixar criar uma nova Sant Casa”, declarou em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5).
Por meio de nota o Hospital de Câncer de Mato Grosso reafirmou que a dívida seria de mais de R$ 6.834.634, referentes a serviços prestados pelo Hcan a pacientes do SUS encaminhados via Central de Regulação. A instituição afirmou que o valor oferecido não quita a dívida e disse esperar uma proposta “plausível”.
“Em coletiva na data de hoje, 05 de março, o Secretário Municipal de Saúde Luiz Pôssas afirmou que repassaria à nossa instituição o valor de R$ 2,5 milhões. O Hospital compreende que esse recurso não cobre nem mesmo a competência de dezembro de 2019 que se encontra em aberto. Por não resolver, nem mesmo em parte, o problema, aguardamos uma proposta oficial plausível pela Prefeitura”.
O Hospital ainda se manifestou, na nota, contra as declarações do secretário municipal de Saúde. A instituição havia avisado que não deve continuar o atendimento aos pacientes que dependem de quimioterapia e hematologia, por falta de recursos e remédios. Pôssas disse: “Estamos prontos para pagar o que é devido, agora não é por o pé no pescoço, jogar a população contra. Nós não vamos admitimos usar o usuário SUS como moeda de troca”.
“Repudiamos, ainda, a fala do Sr Secretário, que afirma que o Hospital usa os pacientes como reféns. É lamentável tal entendimento de um gestor público. Externamos a nossa preocupação com a vida dos pacientes oncológicos, por isso esperamos que a situação seja solucionada o mais logo possível”, se manifestou a direção do hospital.
O caso
A situação teria começado em novembro do ano passado. Na época, somente parte do dinheiro teria sido repassado para o setor de Serviço de Informação Ambulatorial. O débito parcial seria de R$ 1 milhão. Já em dezembro, o valor de R$ 2,9 milhões também não teriam sido repassados. De acordo com a diretora, Silvia Negri, o Município está recebendo repasses do mês de fevereiro, mas o Hospital de Câncer ainda não recebeu de novembro de 2019.
Vários ofícios teriam sido enviados à Prefeitura de Cuiabá e a administração também estaria negociando prazos com fornecedores. A situação teria sido postergada por vários meses, mas teria ficado insustentável.
Apenas em 2019 o Hospital realizou mais de 82 mil atendimentos, sendo que 39% dos custos são bancados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante da demanda é atendido filantropicamente.
Leia a nota na íntegra:
O Hospital de Câncer de Mato Grosso reafirma seu compromisso há mais de 21 anos com a sociedade mato-grossense. Dentre os fatos acorridos nos últimos dias, apontamos que a Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá deve ao HCanMT mais de R$ 6.834.634,50 de emendas, incentivos e serviços que já foram prestados pelo Hospital aos pacientes do SUS, pacientes esses que foram encaminhados via Central de Regulação conforme contrato vigente. O município de Cuiabá não quitou, nem mesmo, a parcela integral de novembro.
Em coletiva na data de hoje, 05 de março, o Secretário Municipal de Saúde Luiz Possas afirmou que repassaria à nossa instituição o valor de R$ 2,5 milhões. O Hospital compreende que esse recurso não cobre nem mesmo a competência de dezembro de 2019 que se encontra em aberto. Por não resolver, nem mesmo em parte, o problema, aguardamos uma proposta oficial plausível pela Prefeitura. Repudiamos, ainda, a fala do Sr Secretário, que afirma que o Hospital usa os pacientes como reféns. É lamentável tal entendimento de um gestor público. Externamos a nossa preocupação com a vida dos pacientes oncológicos, por isso esperamos que a situação seja solucionada o mais logo possível.