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Mesmo em ‘platô’ de casos, UTIs de Covid-19 da Santa Casa devem ser realocados para retorno de cirurgias eletivas
da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou na manhã de quinta-feira (8) que o Governo deve realocar os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para Covid-19 do Hospital Estadual Santa Casa para o Hospital Metropolitano, em Várzea Grande. Com isso, a unidade poderá voltar a realizar as cirurgias eletivas. Segundo o secretário, apesar de Mato Grosso seguir em um platô alto de novos números de casos diários do novo coronavírus (Covid-19), há queda na ocupação de leitos, o que permite este replanejamento.
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“Nós já estamos há algum tempo num platô, e um platô alto de casos. O número de casos, efetivamente, não é o que mais nos preocupa. O nosso indicador que é monitorado com mais rigidez é a taxa de ocupação dos leitos dos nossos hospitais, já que é uma doença que ainda não tem vacina e uma doença que não tem remédio específico, é muito importante evitar que as pessoas precisem chegar até os hospitais, por isso esse nosso empenho de intensificar as ações de tratamento precoce”, afirmou.
Segundo Gilberto, os números de casos e mortes em Mato Grosso, em decorrência da Covid-19, estão já há algum tempo em um platô alto, e mais recentemente entrou em um pequeno e lento declínio. Mesmo assim, a situação é ‘menos desconfortável’ do que nos meses de junho e julho, quando a ocupação dos leitos chegou muito próximo dos 100%, e pacientes tiveram que aguardar na fila por vagas nas UTIs.
“Nós estamos administrando esses indicadores, com necessidade de desligar alguns leitos que já estão com a taxa de ocupação muito baixa, porque os leitos não são individuais, normalmente é um conjunto de dez leitos de UTI exclusivamente pra atender determinada região. Nós estamos fazendo essa avaliação, um replanejamento, locação disso, aqui em Cuiabá muito provavelmente nós vamos deslocar os leitos do Hospital Estadual Santa Casa para o Metropolitano, pra que a gente possa liberar a Santa Casa pra voltar a fazer as cirurgias eletivas, ou seja, a gente precisa retirar o Covid de dentro, diminuir os riscos existentes, mas você está correta, no nosso entendimento nós estamos num platô de casos e num declínio de hospitalização”, afirmou.
Ainda de acordo com Gilberto, em Mato Grosso a doença já se interiorizou e, atualmente, os casos são 80% em cidades do interior e 20% na baixada cuiabana. “Ele já chegou ao estado inteiro, aqui [em Cuiabá] tem uma tendência de queda, tanto no número de casos quanto no número de óbitos, o que é bom, porque logicamente aqui era nosso principal epicentro, onde está a maior densidade populacional nossa. Nós esperamos que a gente consiga segurar nesse nível que está. Como eu disse tem eleições, período de férias, e nós vamos ter que monitorar isso diariamente para saber o que vem pela frente”, finalizou.
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