O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), ao ser informado que o promotor Célio Fúrio, da 35ª Promotoria de Justiça do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa, encaminhou ao secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, um pedido de desculpas por ter afirmado em uma portaria que a pasta sonegou informações e deixou de encaminhar documentos, espera a mesma atitude com o seu ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Antônio Possas de Carvalho, que está sendo investigado por suposto sobrepreço na compra de ivermectina para o kit-Covid.
Leia mais:
Promotor reconhece erro e pede desculpas a secretário após acusá-lo de sonegar informações
Na noite de quinta-feira (15), Emanuel falou ao
Olhar Direto que se a atitude do promotor foi de pedido de desculpas ao secretário de estado, ele também espera a mesma atitude do Ministério Público quanto às investigações em Cuiabá, que o prefeito discorda que tenha algo de errado.
"Eu vejo isso um avanço institucional. Um grau de maturidade e um avanço institucional e de Justiça muito grande do promotor Célio Fúrio. Se ele fez isso em relação ao secretário de estado Gilberto Figueiredo, ele estará pronto para fazer em relação ao secretário da capital e em qualquer secretário de Mato Grosso", disse Emanuel.
Para o prefeito, o trabalho sério do promotor com a Prefeitura de Cuiabá e outras prefeituras é sempre em busca da transparência dos gastos do dinheiro público.
"Conosco ele [Célio Fúrio] tem uma relação instituicional muito boa, tomando medidas que têm buscado a transparência para o bom uso do recurso público, da transparência do dinheiro público. Então eu vi nesse fato um avanço que pode ser estendida a todos os municípios", comentou o prefeito.
Porém, a Prefeitura de Cuiabá, através de seus advogados, ainda tenta derrubar a operação que investiga superfaturamento na compra de ivermectina. Um dia após a ação policial, autorizada pela magistrada Ana Cristina Mendes, o advogado Francisco Faiad ingressou com uma ação para que a juíza pudesse rever o processo, tendo em vista que a compra foi totalmente comprovada que não existe ilegalidade.
O pedido de Faiad foi negado e o secretário Pôssas de Carvalho continua afastado das funções e foi exonerado do cargo, mesmo com Emanuel creditando total confiança na carreira ilibada do ex-secretário.