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Notícias / Cidades

Delegado cita semelhança entre morte de estudante de Direito de MT e caso 'goleiro Bruno'

Da Redação - Marcos Salesse / Fabiana Mendes

O delegado Fausto José de Freitas, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (9) que o crime contra a estudante de Direito Lucimar Fernandes Aragão se assemelha ao “caso do goleiro Bruno”, condenado a mais de 20 anos de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação do cadáver de Eliza Samudio, em 2010. Para o delegado, é possível concluir as investigações mesmo sem o corpo da vítima. O acusado segue preso preventivamente desde o dia 29 de janeiro. 

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Para Fausto, com todo o aparato tecnológico que a Polícia Civil dispõe atualmente, juntamente com as peculiaridades do crime, é possível encontrar um desfecho mesmo sem os restos mortais da vítima. 

“No estado nós já temos precedentes de que é possível concluir uma investigação de homicídio ou feminicídio ainda que não se tenha o corpo da vítima. Isso devido a todo o aparato tecnológico que a Polícia dispõe junto das peculiaridades do caso”, comentou o delegado. 

Ainda na coletiva, o responsável pela DHPP disse que esse tipo de conclusão é uma forma de impedir que os acusados saiam impunes dos possíveis crimes praticados. “São casos mais complexos, mas não é por conta da ausência do corpo que os criminosos vão se manter impunes”, disse. 

A prisão preventiva do motorista de caminhão basculante acusado de feminicídio e ocultação de cadáver foi pedida pelo Ministério Público Estadual de Mato Grosso (MPE-MT), que entendeu já haver indícios suficientes de autoria e materialidade.
 
SOBRE O CASO 

Lucimar desapareceu em maio de 2020, entretanto apenas no dia 10 de agosto, a mãe da vítima procurou a polícia, já que segundo informações da família da vítima, a mulher estava um pouco afastada da família. 

Ainda no ano passado, dois mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos. Com o avanço das investigações, a Polícia identificou que o então namorado da vítima poderia ser o responsável pelo sumiço. 

Com o mandado de prisão expedido, o acusado foi preso no dia 29 de janeiro, após foragir para uma fazenda no município de Cáceres (220 km de Cuiabá) e ser encontrado dias depois no apartamento de um familiar, localizado em Várzea Grande.  
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