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Técnico diz que medicamento filmado por vereadores não faz parte da lista de compras da Prefeitura e pede investigação

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

O coordenador técnico de atenção secundária da Prefeitura de Cuiabá Wille Calazans afirmou que um dos medicamentos filmados pelos vereadores da capital no último final de semana, em denúncia sobre os remédios com data de validade vencida, não faz parte da lista de compras da Prefeitura de Cuiabá. Segundo Wille, não há como falar que os remédios foram ‘plantados’, no entanto, a questão deve ser investigada.

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No último final de semana, vereadores da oposição foram até o Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC), sem autorização da Prefeitura, e fizeram vídeos mostrando medicamentos vencidos guardados na central. Nesta terça-feira (27), a secretária de saúde Ozenira Félix foi até a Câmara para esclarecer a situação. Ela afirmou que a questão já está sob investigação.

A própria Ozenira, em sua explicação, também falou sobre o medicamento que não faz parte do rol de remédios comprados pela Prefeitura. “Ninguém trouxe característica de que foi plantado, chamou-se atenção porque como técnico a gente observa que os medicamentos que estão disponibilizados para a secretaria são medicamentos da relação municipal de medicamentos essenciais”, declarou o coordenador técnico de atenção secundária. Diante disso, a secretaria abriu uma sindicância para investigar o porquê de este medicamento específico ter aparecido nas filmagens.

De acordo com o coordenador técnico, o problema dos medicamentos vencidos já foi identificado há algum tempo, e uma comissão iniciou uma investigação para identificar a causa do problema. “Lá no passado, desde que existia o barracão, antigo barracão que era o almoxarifado central, a gente sempre lutou por isso, e como profissional de saúde a gente sempre buscou que haveria sim uma necessidade de fazer uma discussão e implementar cada vez mais a presença do profissional farmacêutico de assistência farmacêutica como integralidade das ações de saúde”, declarou.

“Na gestão atual já vem se fazendo um trabalho para que seja feito um incremento específico de um local onde o CDMIC teria uma característica de uma central de abastecimento farmacêutico, e dessa forma teríamos um abastecimento de profissionais farmacêuticos à frente desse processo, cada vez mais implementados na assistência de saúde para poder que a gente tenha melhor controle e otimização dos medicamentos e da disponibilização para os usuários do SUS”, finalizou.
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