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Homem nega ter mandado matar ex-esposa e diz que pediu ritual espiritual a pais de santo

Da Redação - Vinicius Mendes

O suspeito de ser o mandante do homicídio de Indiana Geraldo Tardett, 42 anos, teria negado à Polícia Civil que mandou matar sua ex-esposa. Ele se entregou às autoridades na última quarta-feira (30) e disse que teria encomendado apenas que fosse realizado um trabalho espiritual com a vítima. Quem executou Indiana foi um casal que, segundo a polícia, simulou que faria um ritual de magia com ela.

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A prisão do ex-marido foi cumprida na quarta-feira (30) e agora apenas um dos envolvidos no crime continua foragido. No último dia 26 de junho a Polícia Civil prendeu uma mulher, que seria mãe de santo, suspeita de executar a vítima.

O suspeito de ser o mandante foi ouvido pelo delegado Eugênio Rudy Junior e, segundo a Polícia Civil, ele negou ter encomendado a morte de Indiana e disse que apenas solicitou a uma mãe de santo e a um pai de santo que fosse realizado um trabalho espiritual com a vítima. As investigações continuam e a Polícia Civil está em diligência em busca do terceiro envolvido no crime.

Leia a nota da PJC na íntegra:

Durante depoimento, o ex-marido da vítima afirmou que conhece os outros dois investigados que teriam executado o crime, contudo disse que não os contratou para matar Indiana. Ele admitiu que solicitou para que eles fizessem uma reza espiritual. O casal é praticante de religião de matriz africana. O homem está foragido e a mulher foi presa no dia 25 de junho.

Morta em ritual

No dia 1º de junho, a filha da vítima procurou a Delegacia da Polícia Civil informando que não estava conseguindo contato com a mãe desde o dia 30 de maio. As investigadoras do Núcleo de Atendimento a Mulher Vítima de Violência foram até residência da vítima e verificaram que o veículo dela estava estacionado na garagem e a porta encontrava-se apenas encostada.
 
Ao entrar na residência, a equipe policial avistou o corpo de Indiana no quarto, com a cabeça enrolada em um cobertor e deitada sobre um lençol branco. Uma faca estava na mão direita da vítima e o pulso apresentava um corte. As policiais civis acionaram a Politec para a perícia na casa.
 
Diante do cenário encontrado, o delegado instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias da morte de Indiana e com as informações coletadas no decorrer da investigação foi apurado que os envolvidos tentaram, claramente, fraudar o local do crime, simulando que se tratava de um suicídio.
 
“A perspicácia e experiência dos investigadores, aliada ao entendimento da perícia, demonstrou que se tratava de um homicídio”, pontuou o delegado Eugênio Rudy.
 
As investigações avançaram e a Polícia Civil conseguiu esclarecer que o ex-marido de Indiana Tardett teria planejado toda a ação criminosa, contratando outras duas pessoas para executar o crime. O casal contratado era conhecido da vítima e do ex-marido dela.
 
Para atrair Indiana e impossibilitar qualquer forma de resistência, o casal simulou que faria um ritual de magia com ela. Porém, tratava-se apenas de uma simulação para tirar qualquer chance de defesa da vítima. A vítima foi morta com um golpe certeiro na cabeça, que pela posição, evidencia que ela possivelmente estava de joelhos quando foi atingida.
 
Com o objetivo de confundir a Polícia, os envolvidos então cortaram os pulsos e pescoço da vítima, situação que poderia levar a polícia a crer que se tratava de um suicídio.
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