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Projeto para instalar seis usinas hidrelétricas no Rio Cuiabá deve passar por conselho técnico da Sema e não pela AL

Do Local - Max Aguiar

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) está avaliando e deve encaminhar em breve para o Palácio Paiaguás a liberação de seis usinas hidreléticas no leito do Rio Cuiabá. O projeto, taxado como polêmico por vários deputados, não deve passar pelo crivo de comissões da Assembleia Legislativa, já que para o governador Mauro Mendes (DEM) não é papel da Casa de Leis aprovar esse tipo de projeto.  

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"Primeiro essa lei de aprovar usina na AL é um absurdo. O Supremo já derrubou essa lei. Não é papel da AL aprovar licença ambiental. Isso acontecia nos tempos que todos sabem o que acontecia aqui, de negociação para extorquir empresário. A Sema que tem competência para avaliar isso. Eu não conheço o projeto, mas não sou eu o governador que irá entrar no mérito, no impacto, nos riscos, pois tem muita gente que fala sem conhecer. Eu não conheço, por isso não vou dar opinião. A competência disso é da Sema e dos técnicos que lá trabalham", disse o governador nesta quarta-feira (7).

As usinas serão instaladas por conta do volume do rio e não por queda d'água e devem ser feitas nos pontos de Angatu I, Angatu II, Iratambé I, Iratambé II, Guapira II, e Perudá, que ficam nos municípios de Nobres, Rosário Oeste, Jangada, Acorizal, Várzea Grande e Cuiabá. 

Estudos preliminares que foram feitos apontam que os impactos vão desde a perda de conectividade entre planície e planalto, o que afeta diretamente no processo migratório dos peixes, perda de nutrientes e sedimentos importantes para a sobrevivência dos rios, até a alteração do regime hidrológico, que poderá ser sentida em toda a planície pantaneira.

Por enquanto, sem saber como anda o projeto e os estudos, o governador continua sem fazer uma avaliação mais profunda do caso. A única resposta de Mauro é que se esse projeto for aprovado, ele não passará pela Casa de Leis, mas sim com pareceres técnicos da Sema. 
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