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Cirurgião nega erro médico e lamenta fatalidade em morte de mulher após plástica

Da Redação - Wesley Santiago

O médico Magno Stefani Cezar negou que tenha havido erro médico na morte de Cleiva Alves da Silva, de 53 anos, que foi a óbito após passar por uma cirurgia de abdominoplastia, realizada no Hospital Santa Helena, em Cuiabá, no dia 05 de agosto deste ano. Ele lamentou a fatalidade, pontuou que deu todo apoio à família e ainda revelou que exame de imagem mostrou comprometimento de 40% do pulmão.

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Conforme o médico, a paciente consultou para realizar cirurgia de face e abdominoplastia. “Por cautela decidimos fazer primeiro abdominoplastia. Após todos os exames pré-operatórios a mesma foi submetida a abdominoplastia no Hospital Santa Helena na quinta feira dia 29/07/2021. A cirurgia transcorreu dentro da normalidade sob anestesia raquiana que permitia a paciente conversar com a equipe e respirar espontaneamente”.
 
Depois do procedimento, o médico explica que Cleiva foi encaminhada para o apartamento do hospital onde passou o primeiro pós-operatório normalmente. Na sexta-feira, ela recebeu alta e foi para casa. No sábado, começou a apresentar grande dificuldade respiratória, voltou para a unidade de saúde e foi submetida a exames.
 
A tomografia realizada apresentou 40% de comprometimento pulmonar. “Não há comprovação de Covid-19, mas foi um quadro pulmonar grave e agudo que vitimou a Sra. Cleiva, algo não causado por erro na cirurgia”, disse o médico. Ele ainda acrescentou que todo o acompanhamento e tratamento necessário foi realizado junto com a equipe médica do hospital e que esteve ao lado da paciente e da família em todos os momentos.
 
Em boletim de ocorrências registrado, o filho da paciente, disse que o médico suspeito de que ela tivesse covid-19. Porém, foram feitos seis exames (antes e depois da cirurgia) que não detectaram a presença do vírus.
 
O cirurgião comenta também que a ideia de um suposto erro médico surgiu de uma interpretação equivocada do marido de Cleiva. “Eu disse que tinha que aliviar a pressão causada pela cirurgia, pois poderia estar influenciando no quadro dela. Essa é a obrigação. Suspeitar e agir sobre a pressão causada pela cirurgia. Essa pressão é feita em todas as abdominoplastias. Infelizmente, mesmo após o alívio desta pressão, o quadro pulmonar da Sra. Cleiva continuou piorando. Enfim, não há um suposto erro. Há uma fatalidade terrível e imprevisível”.
 
“Lamento profundamente o ocorrido pois uma família inteira chora a perda de uma mãe. Sempre é uma tragédia quando algo acontece numa cirurgia que é feita para a vida, beleza e alegria”, completou o méico.
 
O caso
 
Uma mulher de 53 anos, identificada como Cleiva Alves da Silva, morreu na última quinta-feira (05), dias depois de ficar internada por conta de um suposto erro médico durante cirurgia de abdominoplastia, realizada no Hospital Santa Helena, em Cuiabá. O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
 
Consta que o filho da vítima registrou boletim de ocorrências narrando que sua mãe deu entrada no dia 29 de julho no Hospital Santa Helena para realizara cirurgia. Logo depois, recebeu alta e foi para casa. Porém, retornou ao atendimento médico após dois dias.
 
A mulher chegou a vomitar sangue e apresentava muita falta de ar. Ainda conforme o boletim confeccionado pelo filho da vítima, o médico  teria reconhecido o erro e realizou uma nova cirurgia para retirada de dois terços da “tela com ressutura por camadas” com objetivo de acabar com a falta de ar.
 
Na quinta-feira (05), a paciente precisou ser intubada. Ela estava em ventilação mecânica com altos parâmetros, apresentou piora no quadro e teve parada cardiorrespiratória, tendo o óbito confirmado às 08h33.
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