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Welington Fagundes e Mauro Mendes buscam “cenário perfeito” para eleições

Da Redação - Lázaro Thor Borges

O senador e pré-candidato a reeleição Welington Fagundes (PL) tem uma difícil missão nos próximos meses para atingir o “cenário ideal”: tentar o apoio do presidente Jair Bolsonaro e, ao mesmo tempo, fechar aliança com Mauro Mendes (DEM). 

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Integrantes do grupo de Mauro Mendes também têm a mesma avaliação. Segundo correligionários ouvidos pela reportagem, o cenário ideal seria a formação de chapa com apoio a Fagundes e, se possível, com Bolsonaro no palanque.

A razão disso é simples: mesmo sem nunca ter sido próximo do presidente, Mendes reconhece que seria horrível ter um candidato bolsonarista contra ele este ano. Fagundes, que foi sondado para ser este candidato, não quer disputar contra Mendes, mas também não gostaria de ser preterido pelo governador. 

Toda essa conjectura põe Fagundes em uma situação delicada: ao mesmo tempo que precisa abrigar bolsonarismo em seu grupo e ter candidatos fortes nas chapas proporcionais, o senador precisa convencer o presidente e seu grupo da necessidade de não lançar candidato em Mato Grosso, exceto se Mendes não apoiá-lo. 

É uma tarefa difícil, mas não impossível. No passado recente, bolsonaro já “pipocou” quando o assunto foi ter candidato próprio em Mato Grosso. Na eleição que elegeu Fávaro, o presidente abandonou Coronel Fernanda (PL) e José Medeiros (Pode) no palanque. E dois tiveram que se desdobrar para fazer votos sem apoio. 

Pode ocorrer o mesmo com qualquer candidato bolsonarista que o presidente sinalize apoio. Essa era a esperança do estafe de Mendes até o começo deste ano, mas com o passar do tempo aliados do governador perceberam que a eleição seria mais difícil do que imaginavam e que seria muito mais fácil evitar um candidato bolsonarista ou melhor ainda: evitar que esse candidato bolsonarista seja Wellington Fagundes, que terminou em segundo lugar nas eleições anteriores contra o próprio Mendes.

Por outro lado, alguns aliados de Bolsonaro em Mato Grosso defendem que o presidente nunca se deu bem com Mauro e que ele faz questão de ter candidato em no estado. Mas o presidente também sabe que pesquisas recentes indicam o enfraquecimento do seu nome na disputa presidencial e que neste momento seria melhor escolher opções que abriguem o máximo possível de aliados, para puxar votos em seu nome. 
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