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Servidores do Detran vão à AL pedir ajuda para conseguir reajuste salarial: “15% é muito pouco”

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O presidente do Sindicato dos Servidores do Detran (Sinetran-MT), Lucas Póvoas Lima, foi à Assembleia Legislativa de Mato Grosso na última quarta-feira (16) buscar apoio para discutir o reajuste salarial da categoria junto ao Governo do Estado. Segundo o sindicalista, a intenção é que a remuneração seja equiparada a cargos semelhantes, como os do Indea, que também é uma autarquia estadual, ou à Polícia Civil, que também faz parte da Segurança Pública.

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“A gente está protocolando um documento com os deputados cobrando o compromisso de defender um estudo e uma contraproposta que o Detran realizou que demonstra viabilidade financeira da nossa pauta salarial e que é uma pauta que a categoria defende nos últimos seis anos, justamente porque a gente tem a pior tabela salarial do estado, embora sejamos um dos órgãos que mais atendem à população, o segundo maior arrecadador do estado, e responsáveis por uma política pública importantíssima, que é garantir a segurança viária do mato-grossense”, afirmou Lucas.

Segundo Lucas, a arrecadação do Detran é muito alta (cerca de meio bilhão de reais) e tende a aumentar de 8% a 11% a cada ano. Além disso, a folha de pagamento, hoje, representa 21% do que é arrecado. “Mesmo que seja implementada essa tabela salarial que o Detran apresentou nesse estudo, o impacto financeiro da folha com relação à arrecadação vai continuar o mesmo de hoje, por conta desse aumento que a arrecadação tem todos os anos. Então, relativamente à arrecadação, o impacto financeiro acaba sendo zero”, argumentou.
O presidente explica que a articulação do sindicato pelo reajuste vem de antes das perdas causadas pelo não pagamento da RGA, e que por este motivo os 15% seriam ‘muito pouco’ diante do que a categoria já perdeu. “Um auxiliar do Detran hoje recebe menos de dois salários mínimos. Servidor que estudou, passou num concurso, atende a população mato-grossense, é absurdo um pai, uma mãe de família receber um salário baixíssimo como esse”, lamentou.

O que a categoria aspira é que o salário seja equiparado a de outros cargos semelhantes. “Nosso pleito ele é de equiparação a outras categorias análogas. O Indea, que é uma autarquia como o Detran, ou então a política civil, que é uma categoria da segurança pública também como Detran”, explicou o presidente.
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