O antagonismo político dentro do grupo do antigo Democratas em Mato Grosso, partido que hoje compõe o União Brasil após fusão com o PSL, pode fazer enfraquecer a possível candidatura de Mauro Mendes à reeleição. De um lado está o grupo liderado pelo senador Jayme Campos e do outro está a ala maurista, que acredita veementemente que as ações do governador podem fazer com que ele vença facilmente qualquer adversário político.
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O lema do grupo mais próximo ao governador é que "Mauro Mendes arrumou a casa, está de bem com os prefeitos e com a Assembleia". Já do lado de Jayme flerta com um possível apoio ao Wellington Fagundes (PL), virtual candidato ao governo em um projeto bolsonarista.
Esse grupo que acompanha Jayme é composto pelo irmão Júlio Campos, o deputado e atual presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho e até o líder de Mauro na AL, deputado Dilmar Dal Bosco. Todo esse bloco se juntaria com Wellington, Nilson Leitão, Emanuel Pinheiro e Emanuelzinho Pinheiro no bloco de oposição.
"Ai sim teremos uma campanha eleitoral com debate e exposições que o próprio governador acreditou que não teria. Pois, o melhor para a população escolher é quando se tem dois lados bons na disputa por um estado melhor", disse um pesquisador político ouvido pelo
Olhar Direto.
Por enquanto, a única disputa que Jayme entrou foi para expor ao governador que ele não era respeitado no Palácio Paiaguás e nem pelos secretários do atual governo. Com isso, ele foi na imprensa e disse que sua "linha de tiro" estava pronto. O recado foi madado, Mauro o atendeu antes de viajar e chegou até a pedir desculpas para Jayme.
Naquela ocasião a aresta foi aparada, mas politicamente não. Jayme está dentro do bloco de Wellington. Articula todos os dias politicamente com o colega congressitas e aparece em fotos com políticos que são considerados "inimigos políticos de Mauro". Até as convenções, as articulações e especulações estarão em alta.