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Mauro se diz a favor de saída de MT da Amazônia Legal, desde que estado não perca incentivos da Sudam para industrialização

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (UB) afirmou que é favorável ao projeto do deputado federal Juarez Costa (MDB) de retirada de Mato Grosso da Amazônia Legal, desde que isso não interfira nos incentivos recebidos pela indústria do estado. Segundo ele, atualmente empresas têm isenção de 75% no imposto de renda quando se instalam no estado, especificamente por MT estar na Amazônia Legal.

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“Como tudo, tem seu lado positivo e tem seu lado negativo. Por um lado, ele pode abrir uma capacidade de ampliar a produção primária do agronegócio Mato Grosso. [Mas] se nós sairmos da Amazônia Legal, nós vamos perder um dos mais importantes mecanismos da industrialização do estado de Mato Grosso”, afirmou o governador nesta sexta-feira (11).

Atualmente, uma indústria que deseja se instalar em Mato Grosso pode pleitear incentivos na Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). Para o governador, este foi um dos “motivadores para o processo de industrialização que andou até hoje no estado do Mato Grosso”.

“Perder isso é algo que tem que tomar-se muito cuidado. Ontem eu alertei os nossos parlamentares com relação a isso. Eu sou favorável a essa exclusão desde que não perca esse benefício, se não nós vamos estar dando um passo para desindustrializar o estado de Mato Grosso, desincentivar a atração de indústrias para nosso Mato Grosso”, disse Mendes.

Para o autor do projeto, Juarez Costa, esta retirada geraria mais renda e emprego porque permitiria aos produtores rurais que produzissem em área maior. Atualmente, por estar na Amazônia Legal, as propriedades rurais de Mato Grosso devem manter 80% de ‘reserva legal’, ou seja, área com vegetação nativa.

Já o ex-ministro da agricultura Blairo Maggi (PP) argumentou que o projeto pode não mudar muita coisa. Segundo ele, a definição da porcentagem de reserva legal é definida por biomas e não, necessariamente, pela questão legal. Apesar disso, Maggi se mostrou favorável à proposta e disse que há mais desvantagens do que vantagens em manter o estado nesta demarcação.
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