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Sinfra afirma que cabe ao consórcio vencedor da licitação definir por onde começam as obras do BRT

Da Redação - Airton Marques

Secretário adjunto de Gestão e Planejamento Urbano da Sinfra, Rafael Detoni afirmou que cabe ao Consórcio Construtor BRT Cuiabá, liderado pela empresa Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., definir por onde irá começar as obras de implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), em Cuiabá e Várzea Grande.

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O consórcio, ainda formado pelas empresas Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda., foi o vencedor da fase de lances da licitação, apresentando o menor preço para a construção do modal: R$ 468.031.500. Agora, o grupo empresarial terá que apresentar algumas documentações comprovando capacidade para tocar a obra e ser, definitivamente declarada vencedora do processo.

De acordo com Detoni, não cabe à Sinfra definir por onde a obra deve ser iniciada, apesar dos apelos vindos de Várzea Grande. O município é quem mais sofre com as obras paralisadas do VLT, modal que foi descartado pelo Palácio Paiaguás.

"Dada a ordem de serviço, o prazo é de 24 meses para a execução. Uma vez homologada a vencedora, a gente senta com a empresa e começamos traçar o plano de execução do empreendimento. Vamos ver qual a metodologia que a empresa vai adotar para a execução, como quantas frentes de trabalho. Isso não está definido pela administração pública, vem da empresa", afirmou.

"Ela apresenta a forma de executar e a Sinfra aceita ou não. Vamos aguardar para saber se ela vai começar por algum terminal, se é por Várzea Grande ou por Cuiabá. A administração pública não pode determinar o que ela quer, tem que ser de acordo com a capacidade de execução da empresa", completou.

Além do consórcio liderado pela Nova Engevix, a licitação teve apenas mais um concorrente, o Consórcio Mobilidade MT, liderado pela Paulitec Construções Ltda., que apresentou proposta inicial de R$ 480.500.455. O representante da empresa derrotada, durante a abertura das propostas, afirmou que tem pretenção de recorrer do resultado da licitação.

Após vencer a etapa de lances, o consórcio, conforme a comissão de licitações da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), terá que reelaborar e apresentar a proposta de preço adequada ao lance vencedor. Terá ainda que apresentar documentação de habilitação em até um dia.

A licitação tinha valor estimado em R$ 480.500.531,82 e foi realizada na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi), do tipo menor preço. No RDCi, a empresa vencedora fica responsável pela elaboração do projeto e depois pela execução da obra, que tem um prazo de dois anos para ser concluída após o seu início.

A Nova Engevix é controlada pela holdig Nova Participações S.A. Em seu site, a empresa cita que tem mais de 50 anos de atuação, sendo especializada na prestação de serviços de engenharia consultiva em suas diversas especialidades. A empresa atua nos setores de infraestrutura urbana, transportes multimodais (rodovias, ferrovias, metrôs, portos e aeroportos), edificações, saneamento, energia (hidráulica, elétrica, térmica e solar) e indústrias, nas áreas de estudos, projetos, gerenciamento, supervisão e integração, com escritórios permanentes em Florianópolis e São Paulo.

Foi responsável por obras dos aeroportos Internacional de Brasília, Internacional Eduardo Gomes (Manaus) e São Gonçalo do Amarante (Natal). Ainda na área de infraestrutura, foi quem tocou as obras do metrô de Salvador (BA), de sistema Monotrilho em São Paulo e do elevado Rita Maria em Florianópolis (SC).
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