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Mauro afirma que foi mal compreendido e que fala sobre "mamata" não se referia a políticos

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Isabela Mercuri

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que foi mal compreendido por alguns aliados, quando disse que tinha cortado algumas "mamatas" no Palácio Paiaguás. O gestor garante que não se referiu a qualquer político.

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"Eu não me referi a políticos, disse que tinha acabado com as mamatas neste Estado. Acabei sim com muitas mamatas, tinha fornecedor aqui que alugava um carro por R$ 6,8 mil, nós licitamos novamente e esse mesmo serviço para a Polícia Militar custa R$ 3,6 mil. Tinha alguns insentivos fiscais que estavam em delação, eu fui e cortei. Cortamos gastos internos, cargos em excesso", explicou, nesta quinta-feira (24).

A fala polêmica do governador foi dada nesta terça-feira (22), em entrevista à Rádio Jovem Pan, logo após ser questionado sobre o descontentamento existente entre alguns filiados ao União, como os irmãos Campos e o deputado estadual Dilmar Dal Bosco.

No meio da resposta, o governador disse que não foi contratado pela população para discutir política e nem tem a intenção de agradar todo mundo. "Tinha gente que tinha mamata aí e eu cortei a mamata, aí o cara fica bravo comigo. Tudo bem. Melhor ele ficar bravo comigo e eu conseguir atender nas escolas, como estamos atendendo no Estado inteiro".

Um dos mais revoltados foi o senador Carlos Fávaro (PSD). Afirmou que estava chateado com o governador, já que encarou a afirmação como uma indireta ao grupo que lançou a pré-candidatura do deputado federal Neri Geller (PP) ao Senado e que dá governabilidade ao gestor desde o início do mandato. PP, PSD, MDB e PSB querem uma resposta rápida a dois questionamentos: 'Mauro irá disputar a reeleição?' e 'Em quase de disputa, vai abraçar o projeto de Neri ou apoiar o senador Wellington Fagundes para ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro, ambos do PL?'.

"Me senti ofendido, pois somos companheiros leais. Ninguém foi pedir algo não republicano, fomos defender a unidade do grupo. Mas, ele tem o direito de fazer sua composição, escolher com quem quer caminhar e tem todo o tempo do mundo para isso. Continuamos dialogando dentro da nossa unidade", disse em entrevista a TV Cidade Verde.

"Não ouvi da boca do governador que ele não é candidato, assim como não ouvi que ele quer o nosso grupo junto a ele. Mas, ouvi aspas do governador que ele está cortando as mamatas e não faz política para os partidos políticos. Ora, eu tenho orgulho de estar político, se ele não quer esse tipo de diálogo político, o grupo vai apresentar candidatos. Não precisa ser eu, pode ser outro", pontuou.

Em sua defesa, Mauro justificou que as pessoas não compreenderam, pegaram apenas um recorte da entrevista. "Isso é comum acontecer, pega uma parte e junta com outra e passa um sentido completamente diferente. Acredito que quando as pessoas pegarem o contexto, vão compreender claramento o que eu disse. Não vi o que o senador Fávaro falou, mas eu não falei isso para o senador e nem para ninguém. O contexto foi outro".
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