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Mauro diz que está ‘mais próximo’ do campo de Bolsonaro que de Lula, mas não fala em aliança

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou na manhã desta sexta-feira (25) que está “mais próximo” do campo do presidente Jair Bolsonaro (PL) do que do campo do ex-presidente Lula (PT), ambos possíveis candidatos à presidência da República em outubro. Anteriormente, o governador limitava-se a afirmar que não se envolvia com política nacional.

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“O cenário nacional é um cenário que ao meu ver vai se definir ainda um pouco mais para frente. O Partido dos Trabalhadores eu respeito muito, aqui, a Rosa Neide, o Barranco e o Lúdio que apesar deles serem minha oposição, fazem uma oposição que eu recruto bastante responsável”, argumentou, durante coletiva de imprensa após evento de entrega de máquinas agrícolas.

“Na maioria das vezes eles [Lúdio e Barranco] debateram os projetos, votaram contra, mas eu nunca vi um ataque pessoal, um ataque desproporcional, feito ao Governo ou a qualquer membro da nossa administração, mas é a nossa oposição. Então, isso cria alguma dificuldade de você pensar em apoio ao Partido dos Trabalhadores. Porém, eu vou aguardar um pouco mais. Nós estamos muito mais próximos do campo do presidente Bolsonaro, do que do campo do presidente Lula”, completou.

A relação de Mauro com Bolsonaro nem sempre foi tão próxima. O clima ‘ruim’ entre os dois aconteceu principalmente quando o presidente decidiu colocar na ‘conta’ dos governadores o aumento do preço dos combustíveis, em setembro de 2021. Bolsonaro afirmou que as medidas tomadas por prefeitos e governadores durante a pandemia deixaram legado de inflação.

Logo depois, Mauro comentou que lamentava que o presidente adotasse essa postura, mas eu o Brasil precisava de paz. Também negou que o aumento fosse culpa dos Estados e bateu na tecla do baixo ICMS em Mato Grosso.

O governador ainda chegou a assinar, junto a outros gestores estaduais, cartas com críticas ao governo federal, e foi alvo da fúria de diversos bolsonaristas. Neste ano, no entanto, a postura mudou. Mendes se reuniu com o presidente do PL – partido que hoje abriga Bolsonaro – Valdemar da Costa Neto, tem se aproximado do senador Wellington Fagundes (PL) e pode, caso decida apoiar WF na campanha de reeleição ao Senado, estar no palanque do presidente. Isso, é claro, se ele mesmo também decidir ser candidato a reeleição.
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