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Câmara abre processo contra vereador que apontou arma e contra colega que sofreu tentativa de ataque

Da Redação - Lázaro Thor Borges

A Câmara de Querência (755 Km de Cuiabá) acatou nesta segunda-feira (04) o pedido feito pelo servidor público municipal Juliano Rafael Teixeira Enamoto pela cassação do vereador Neiriberto Martins Erthal (PSC), que apontou uma arma contra o colega de legislativo Edimar Batista (PDT). Na mesma sessão, a Câmara também acatou um pedido do acusado, Neiriberto Erthal (PSC), para que Edimar também seja investigado. 

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O caso que teve repercussão nacional acabou com a prisão de Neiriberto. O pedido de cassação foi apresentado no dia 23 de março. O segundo autor do requerimento de cassação é o deputado estadual Ulysses Moraes (União). 

No outro requerimento, feito pelo próprio Neiriberto, o colega que sofreu a tentativa de ataque é apontado como alguém que teve participação nos fatos, que foram gravados por câmera de segurança do prédio do legislativo de Querência. Os dois processos de cassação foram aprovado por unanimidade pelos vereadores.

"O mesmo também está envolvido no fato a ser investigado sobre quebra de decoro parlamentar no acontecido da sessão do dia 21/03/2022", diz trecho do requerimento de Neiriberto aprovado. 

Processo contra Neiriberto

De acordo com Juliano Rafael Teixeira Enamoto, autor do primeiro requerimento, a conduta do vereador foi totalmente “lamentável” e fere o regimento interno da Câmara de Querência. 

“Novamente destacamos que a conduta imputada ao Nobre Vereador é de chapada incompatibilidade com o decoro parlamentar que deva ter um legislador municipal, pois ao atribuir ao supramencionado parlamentar, demonstrado claramente a ruptura do decoro parlamentar ensejando a presente denúncia e a consequente cassação do mandato parlamentar”, diz trecho do pedido de cassação. 

Outro autor do pedido é o deputado Ulysses de Moraes (União). “A amável cidade de Querência-MT, foi maculada. O decoro parlamentar foi claramente violado! Ou os Nobres Edis concordam que os fatos narrados, filmados e amplamente divulgado ....orgulham o município de Querência? Nobres Vereadores de Querência, o presente pedido é sobre isso!”, diz outro trecho do pedido.

Ao Olhar Direto, Neiriberto demonstrou tranquilidade e garantiu que a situação já foi resolvida, sem o registro de qualquer boletim de ocorrência. Segundo o parlamentar, os projetos polêmicos nem estavam na pauta de votação, mas alguns colegas começaram a se posicionar.

"Nós tínhamos quatro vereadores contrários e cinco favoráveis e houve uma discussão. Muitos populares lotaram a Câmara, mas o projeto nem estava em pauta. Eu me posicionei contrário e esse meu colega que também é contra entendeu que a conversa era com ela e se levantou. Eu me levantei também, mas nem deu tempo de entrarmos em vias de fato, pois caímos e eu saquei a arma", explicou o vereador, que é sargento da Polícia Militar.

Neiriberto disse que eles foram até a delegacia, mas não registraram boletim, pois entenderam que a situação não era para tanto. O vereador-militar admitiu que se excedeu, mas pontuou que tudo está resolvido.

"Pela Promotoria Pública eu devo responder pelo excesso. Reconheço que me excedi. O meu colega também reconheceu que não deveria ter se levantado, pois uma ação sempre tem uma reação. Não costumo andar armado, foi a primeira vez, um caso isolado" pontuou.
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