Imprimir

Notícias / Política MT

Emanuel diz que não saiu ao governo porque apoiava WF, mas até Lula o queria candidato: "balde de água fria"

Da Redação - Érika Oliveira / Do Local - Airton Marques

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), voltou a lamentar a decisão do senador Wellington Fagundes (PL) em não disputar o Governo do Estado nas eleições deste ano e afirmou que a indefinição em torno da candidatura do parlamentar foi mais um dos motivos que inviabilizaram a sua própria candidatura ao pleito. Segundo o emedebista, apesar da articulação junto ao grupo do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado, uma negociação paralela com a federação que sustenta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também vinha acontecendo e tinha, inclusive, o aval do líder petista.

Leia mais:
Medeiros avisa que Fagundes é candidato ao Senado com apoio de Bolsonaro: "ele escolheu Wellington"

“A federação PT, PV e PC do B já tinha me oferecido palanque. Eles queriam Emanuel candidato a governador. A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, me ligou reafirmando que o presidente Lula estava endossando essa articulação e que no momento oportuno abriria agenda para mim. O Nilson Leitão e o PSDB também estavam prontos para vir comigo. Isso demonstra toda a insatisfação com o governo que está aí”, disse o prefeito nesta terça-feira (12).

“Essa articulação não foi feita porque meu candidato era o Wellington. Tudo estava sendo construído em torno dele, em torno desse grupo. E já nos últimos dias, a casa caiu na nossa cabeça quando ele nos jogou um balde de água fria e aí já não tinha mais tempo”, completou Emanuel Pinheiro.

O prefeito de Cuiabá frisou sua insatisfação com Fagundes. Nesta segunda-feira (11), em evento do PL, o parlamentar ratificou que irá buscar um novo mandato no Senado. Para Emanuel, ele “não está enxergando” as chances que tem de se eleger governador.

“Eu acho que o Wellington está deixando o bonde da história passar e ele não tá embarcando. O momento é dele, de coroar uma das mais extraordinárias biografias desse estado. Mas ele não está enxergando isso”, reforçou.

Até o momento, nem mesmo o governador Mauro Mendes (União) assumiu se irá a reeleição. Enquanto constrói lentamente sua pré-candidatura, o atual chefe do Executivo assiste a oposição correr contra o tempo em busca de um nome viável para encará-lo nas urnas.

Conforme Emanuel, a única possibilidade que vislumbra é ter seu vice, José Roberto Stopa (PV) encabeçando o projeto. Stopa, por sua vez, resiste ao quadro. “Mas ele não decidiu ser candidato, ele foi convocado para isso”, asseverou o prefeito de Cuiabá.
Imprimir