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Policiais federais citam traição e pressionam Bolsonaro por reestruturação de carreiras: “relação já esteve melhor”

Da Redação - Bruna Barbosa / Do Local - Érika Oliveira

Agentes da Polícia Federal participaram de uma manifestação nacional contra o Governo Federal na manhã desta quinta-feira (29), em Cuiabá, para reivindicar a reestruturação das carreiras, promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro à categoria. 

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O diretor do Sindicato dos Policiais Federais de Mato Grosso, Paulo Gomes, explicou que os policiais federais entraram em mobilização permanente para pressionar o Governo Federal. 

“A relação já esteve melhor, atualmente está tensa pela falta de cumprimento. Sofremos muito na época do governo da esquerda. Ele [Bolsonaro] assumiu a presidência sabendo disso, com a promessa de voltar a nos valorizar”. 

Paulo também descartou que a PF se torne “massa de manobra” por conta da proximidade das eleições presidenciais. 

“A PF não é massa de manobra de um candidato, somos Polícia de Estado, não de um governo. Nosso trabalho continuará sendo feito da mesma forma, só que nós pedimos reconhecimento das nossas atribuições. Qualquer operação nossa já reverte bilhões para o país. Queremos trabalhar, mas com reconhecimento do governo”.

Em comunicado, a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)  já havia orientado que os delegados federais não viajem a trabalho sem pagamento prévio de diárias. 

A associação ainda aprovou um indicativo de redução de produtividade nas atividades administrativas de fiscalização e paralisação junto aos demais cargos da PF. 

O diretor do sindicato também ressaltou que o Congresso Nacional já havia aprovado orçamento de 1,7 bilhão para a medida provisória.

“Nosso último reajuste já faz muito tempo. Estamos no quarto ano de governo, inflação nas alturas e não teve nada. Nem para nós como foi a promessa, que já tem o 1,7 bilhões que estaria reservado, nem para o funcionalismo público no geral”.
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