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Notícias / Cidades

Jovem executada por vídeos no Tik Tok compartilhava trends; usuários lamentam morte

Da Redação - Fabiana Mendes

A jovem Ellen Nascimento da Silva, de 21 anos, morta por causa de vídeos postados no Tik Tok, compartilhava conteúdo relacionado as trends do aplicativo. Na conta da garota, que foi encontrada morta em Brasnorte (570 km de Cuiabá), há oito publicações, mais de dois mil seguidores e quase meio milhão de visualizações.

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As trends são tendências que acontecem dentro do aplicativo e podem ser danças ou dublagens de áudios famosos, por exemplo. No perfil, Ellen também compartilhou vídeos das unhas e de um cachorro.

Nos comentários das publicações, muitos usuários do aplicativo lamentam a morte da vítima. Já outros questionam dos vídeos em que ela teria feito, sem intenção, sinal da facção criminosa rival do Comando Vermelho, que ordenou seu assassinato. As investigações revelaram que os vídeos foram apagados.

Ellen chegou a publicar dois vídeos em seu perfil do Tik Tok em que faz o número três com a mão.  Um deles teria sido há dois meses. “Eles entendem que isso é um apoio a facção rival [Primeiro Comando da Capital]. Ela teria sido avisada para não fazer mais isso, mas antes dela sumir, ela teria feito novamente uma postagem”, explicou o delegado Eric Márcio, em entrevista ao Olhar Direto

A última postagem de Ellen, que a levou a morte, foi removida logo depois. No entanto, os criminosos já teriam assistido o vídeo e ainda fizeram um print da dela. "Acreditamos que ela tenha feito o sinal por inocência, pois não há elementos que ela seja faccionada tanto do Comando Vermelho como do PCC", afirma.

Nesta semana, oito pessoas foram identificadas por participação no crime, entre eles, uma mãe e dois filhos, além do 'ficante' que atraiu a vítima.

Nesta terça-feira (29), a Polícia Civil divulgou que Ryan Aparecido Correa da Silva, 21 anos, e Ueslen Gonçalves Barros, 26 anos, são procurados.

Ambos estão com mandados de prisão preventiva em aberto que foram expedidos nesta quinta-feira (28), portanto, são considerados foragidos pelos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa.

As denúncias podem ser feitas através do número 197 e a Polícia Civil garante sigilo absoluto.

O delegado Eric pontuou que a equipe da Delegacia da Polícia Civil reuniu diversos elementos informativos em mais de 100 horas ininterruptas de investigação que apontam o envolvimento de vários suspeitos no assassinato.
 
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