Um homem de 57 anos, que não teve a identidade divulgada, foi preso nesta terça-feira (31), em Aripuanã (a 1.203 km de Cuiabá), por suspeita de submeter a mãe, de 92, a condições degradantes que levaram a idosa, diagnosticada com Alzheimer, à morte. Ela foi internada com queimaduras graves e corpo em carne viva.

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A Polícia Civil constatou que ela morava com o filho em um apartamento de dois cômodos e um banheiro. O local tinha apenas duas camas de solteiro e um ventilador. 

O suspeito morava com a mãe neste local desde o final de janeiro e saía para trabalhar entre 7h e 18h, deixando a idosa trancada. 

O homem também deixava os alimentos no chão e a idosa, que tinha dificuldade para se locomover, precisava rastejar. 

Ela passava o dia sozinha na cama, onde também fazia suas necessidades fisiológicas, permanecendo o tempo inteiro sobre fezes e urina. 

Idosa tinha partes do corpo em carne viva

A idosa morreu em 21 de maio e quatro dias depois a delegacia do município recebeu a informação de que a morte havia acontecido de forma suspeita. Ela deu entrada no hospital em situação crítica. 

Conforme relatório médico, ela tinha sinais de queimadura entre a cintura e as coxas. Parte lesionada estava em carne viva e os médicos não conseguiram determinar o que provocou as lesões. 

De acordo com a Polícia Civil, não havia histórico de atendimento médico da idosa antes da internação na unidade de saúde. 

Ela morreu em decorrência de septicemia e queimadura, conforme o atestado de óbito. A infecção foi causada pelas queimaduras sofridas pela vítima. 

Diante dos fatos apurados, o delegado Flávio Leonardo representou pela prisão preventiva do investigado, que foi decretada pela Justiça e cumprida nesta terça-feira. 

Ele permanece preso preventivamente pelo crime de submeter idoso a condição desumana e degradante, com resultado morte.