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Janaina diz que respeita 'cacique Bezerra', mas decisão de apoiar Bolsonaro está tomada

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Érika Oliveira

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) afirmou que respeita o “cacique Bezerra” e até concorda que o fato de não apoiar a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB) à Presidência da República pode ser considerado uma indisciplina partidária, mas que sua decisão de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) está tomada e não vai mudar. “Não vou aceitar nenhuma candidatura de presidente atrapalhar aquilo que já conquistei”, afirmou na última segunda-feira (30).

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“Eu respeito o Bezerra, é claro, ir contra o partido é realmente considerado uma indisciplina partidária. Sinto que estou sendo divergente do partido com relação a essa decisão, mas é uma decisão muito tardia. Para quem tem grupo muito grande é muito difícil você trabalhar isso. Então não entendo dessa forma, mas respeito nosso cacique Bezerra. (...) [A decisão está] firme, já estou com decisão tomada, não vou mais mudar de posição”, disse.

Na última semana, o deputado federal Carlos Bezerra afirmou que a decisão da deputada estadual Janaina Riva (MDB) de apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano era um ato de “indisciplina partidária”. A declaração foi dada durante visita da pré-candidata do MDB em Cuiabá, onde o presidente do partido também garantiu que o diretório regional da sigla estará 100% empenhado na eventual candidatura da emedebista à Presidência da República.

Para Janaina, no entanto, a decisão prejudicaria sua própria campanha à reeleição. “No estado da Simone [MS] ela pontua 4%. É difícil você apoiar um candidato nestas condições. ‘Ah, mas é importante você defender, que é o candidato do partido’, mas vai explicar isso lá na ponta, para a nossa base? Eu acredito que não é ela que não decole. Não acredito que uma terceira via decole. Nem terceira, nem quarta, nem ela, nem o Ciro. Não tem mais quem decole”, afirmou a parlamentar.

Riva argumentou que se a decisão do MDB – e a do PSDB – tivesse sido tomada no final de 2021, haveria tempo para viabilizar a campanha de Tebet, mas agora está muito em cima da hora. “Chegar faltando quatro meses para a eleição e querer que nós deputados, nós da base, que já temos nossa base toda já direcionada para o Lula ou Bolsonaro, que a gente arraste uma candidatura para presidente, é muito difícil e é muito ruim exigir isso da gente também”, lamentou.
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