Imprimir

Notícias / Cidades

Fórum Sindical pede prisão preventiva de Paccola e rapidez em investigação sobre morte de Japão

Da Redação - Bruna Barbosa

Em nota de solidariedade aos familiares do agente socioeducativo Alexandre Myagaya, de 41 anos, morto pelo vereador de Cuiabá, Marcos Paccola, que é tenente-coronel aposentado da Polícia Militar, o Fórum Sindical pediu rapidez na investigação e a prisão preventiva do parlamentar. 

Leia também 

Paccola diz que matou agente socioeducativo para defender mulher que estava ameaçada

Paccola nega amizade com Japão e diz que sindicalista o confundiu com gerente de loja de armas

Em curso de autodefesa, Paccola já ensinou a atirar em pessoa armada mesmo de costas e não verbalizar; veja vídeo

Alexandre, que era conhecido como "Japão", estava com a namorada em frente a uma distribuidora no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá, quando foi baleado nas costas por Paccola na noite da última sexta-feira (1º). 

No documento, divulgado nessa terça-feira (5), o Fórum Sindical lembrou que Paccola já é investigado pela operação "Coverage", que apontou envolvimento em prática de adulteração de registros de armas para ocultar homicídios. 
 
"Os envolvidos, inclusive o vereador Tenente Coronel Paccola, realizavam práticas delituosa que visavam a adulteração de registros de armas de fogo em que em um dos casos teve o objetivo de ocultar a autoria de sete crimes de homicídios, sendo quatro tentados e três consumados, ocorridos entre os anos de 2015 e 2016, praticados pelo grupo de extermínio conhecido como Mercenários", diz trecho da nota. 

Para o Fórum Sindical, "o clima de impunidade não deve prosperar". O sindicato também destacou uma fala de Paccola na tribuna da Câmara Municipal em que afirmou "possuir munições para atingir até 500 militantes do Partido dos Trabalhadores (PT)". 

 "A declaração foi dada na sessão do dia 07 de abril de 2022. Na fala, o Vereador Paccola diz: “Quero aqui deixar um recado. Só o que eu carrego comigo aqui no IDC aqui, 50 militantes no meu dia a dia eu posso [sic ‘Matar’]”. Uma clara alusão de que a vida, para ele, poderá ser retirada na bala como fez com o colega Japa". 

O documento também manifestou repúdio a execução praticada por Paccola e destacou que ele não estava a serviço da PM, atuando no estilo "Tropa de Elite" ao atirar contra Japão. 

" As cenas compartilhadas nas redes sociais e meios de comunicação nos reportam às atrocidades nazistas que vitimavam pessoas inocentes de todas as idades. As imagens deixam evidente que o Vereador Tenente Coronel reformado da Polícia Militar de Mato Grosso matou o trabalhador em situação de covardia, de forma premeditada e atirou no propósito claro de executar com todo requinte de crueldade". 
Imprimir