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Jayme diz que Mauro não pode ‘acender vela para Deus e para o Diabo’: ‘Bolsonaro não aceita palanque aberto em hipótese alguma’

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

O senador licenciado Jayme Campos (UNIÃO) afirmou que, apesar de ter sugerido ao governador Mauro Mendes (UNIÃO) que ele deixasse o palanque aberto a mais de um candidato ao Senado, não acredita que isso venha a acontecer em relação a Wellington Fagundes (PL) e Neri Geller (PP). Isso porque Neri está próximo de ser o candidato da federação PT, PV e PCdoB, do ex-presidente Lula (PT), enquanto Mauro já disse que apoiará a reeleição do presidente Bolsonaro (PL): “É humanamente impossível o Mauro acender vela pra Deus e vela pro diabo. Ou seja, Bolsonaro e Lula no palanque, não vai comportar”, afirmou.

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Jayme participou da reunião na noite da última segunda-feira (11) com Wellington e Natasha Slhessarenko, que também é pré-candidata ao Senado, mas pelo PSB. Ele contou à imprensa, durante reunião dos prefeitos na sede do União Brasil na terça-feira (12), que a proposta de ‘palanque aberto’ foi realmente apresentada, mas não foi concluída porque Neri e o senador Carlos Fávaro (PSD) não estavam presentes.

“Para fechar uma conversa mais adiantada, mais de fato concreta, precisa estar a presença de todos os possíveis candidatos. Feito isso, o que decidimos aqui por volta das nove horas da noite é que aguardaremos, que o deputado Neri Geller pediu um prazo, porque ele ia à Brasília ontem, hoje, não sei, conversar com os partidos que compõe a federação, PV, PT e PCdoB”, disse o senador.

Neri, de fato, foi a Brasília, onde se reuniu com o ex-presidente Lula (PT), pré-candidato à Presidência da República, e também com representantes da federação como a primeira-dama de Cuiabá Márcia Pinheiro (PV), possível primeira suplente em sua chapa. Para Jayme, essa aproximação de Neri com o grupo da esquerda inviabiliza a presença no palanque de Mauro. Segundo o senador, inclusive, o próprio presidente Bolsonaro (PL) teria deixado claro que não admitirá essa situação.

“Particularmente, eu acho que isso [a reunião com os pré-candidatos] não vai ter efeito nenhum. Pois bem, daí pra frente as informações que eu tenho é que o Bolsonaro teve uma reunião ontem, na medida que o doutor Neri Geller esteve em Brasília (...) e que Bolsonaro não aceita em hipótese alguma”, afirmou.

Ainda de acordo com Jayme, Bolsonaro estava constrangido por ter um candidato ao Senado de seu partido – Wellington Fagundes (PL) – e outro de um partido de sua base – Neri Geller (PP) – em Mato Grosso, e que com esta aproximação de Geller e Lula, a possibilidade de apoio a Neri foi quebrada. “Hoje, efetivamente, ele [Bolsonaro] está de corpo e alma na candidatura do Wellington Fagundes”, completou.
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