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Mauro diz que vê ‘PEC Kamikaze’ com reticência e que apoiar Bolsonaro não lhe tira a liberdade de questioná-lo

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou que vê a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 1/2022) com “reticências”, pois não lhe parece “adequado” fazer uma mudança de regras a noventa dias das eleições. Mendes ainda argumentou que não é porque apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não pode questionar suas atitudes.

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“Ela não é do Bolsonaro, é do Congresso Nacional, uma emenda constitucional tem origem início e fim no Congresso Nacional”, justificou o governador. “Óbvio que o governo - ninguém pode ser ingênuo - está apoiando isso. Eu vejo com uma certa reticência. Não tem como deixar de dizer isso”, afirmou, na noite da última terça-feira (12), durante reunião com prefeitos na sede do União Brasil.
 
A PEC, que já foi promulgada, cria estado de emergência para turbinar benefícios sociais e autoriza gastos de R$ 41,2 bilhões até o fim do mês e prevê a ampliação do auxílio e vale-gás, além da criação de um “voucher” para caminhoneiros e taxistas.
 
Segundo Mauro, a assistência criada deveria ser um programa continuado, e não em um momento próximo à eleição. “Acho que fazer uma mudança de regra a noventa dias das eleições, isso não parece muito adequado. A assistência nesse período tão curto, só durante a eleição também não parece algo muito adequado. E principalmente porque no Brasil nós não estamos naquela dificuldade, hoje em grande parte do território brasileiro o desemprego está caindo... se fosse um programa continuado de assistência, OK? Estaria assinando embaixo, mas um programa momentâneo muito próximo às eleições não parece muito adequado”, completou.
 
Apesar das críticas, o governador garantiu que não tem se distanciado do presidente. “Eu declarei ontem e declaro aqui agora. Fiz um compromisso de apoiar o presidente Bolsonaro, e esse compromisso está mantido até segunda ordem em um pronunciamento meu. Interpretações dos meus posicionamentos não significam o que eu falo, eu sempre sou muito claro. Agora, eu apoiar alguém nunca pode tirar de mim e nem de ninguém que me apoia, inclusive eu dou a liberdade, também de questionar, de criticar, de emitir opiniões a respeito daquilo que o Governo faz, afinal de contas isso se chama democracia”.
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