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Jayme sai em defesa de Neri, mas critica acusações contra WF: quer tirar cadáver do fundo do caixão

Da Redação - Érika Oliveira

O senador Jayme Campos (UNIÃO) considerou “inoportuna” a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato de deputado federal de Neri Geller (PP), mas criticou a conduta do parlamentar de trazer à tona o depoimento do madeireiro Pierre François Amaral de Moraes, que denuncia que Wellington Fagundes (PL) recebeu R$ 1 milhão em propina para sua campanha ao Senado Federal em 2014. “Isso é um assunto do Judiciário”, ponderou.

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“Eu acho que o importante é que o Tribunal Regional Eleitoral garantiu que o Neri pode disputar as eleições, mas esse é um assunto que ainda tem muita água para correr debaixo da ponte. Vão ter os contraditórios, acho que essa cassação talvez não tenha sido oportuna, porque ele alega nos autos que os repasses eram recursos da empresa dele, de venda de soja, enfim, que a decida a Justiça. Não vamos entrar no mérito, isso cabe ao TSE”, disse Jayme Campos.

Neri foi cassado por unanimidade pelo TSE na terça-feira (23), e teve inelegibilidade decretada por oito anos, a contar de 2018. A condenação ocorreu sob acusação de abuso de poder econômico. Candidato ao Senado, disputa sub judice.

Em coletiva de imprensa, após a cassação, Neri “ressuscitou” o depoimento de Pierre, dado em 2018 à Delegacia Especializada de Crimes Fazendários. Na declaração, o empresário diz que intermediou a conversa entre Wellington e o então governador Silval Barbosa, que teria “repassado” o valor de R$ 1 milhão de propina da empresa Planserv.

Na ocasião, Neri lançou suspeita sobre “movimentações estranhas” no TSE em torno de sua cassação.

“Eu não posso falar pelo Neri. Cada um tem uma forma de fazer política. Esse negócio de levantar coisas do passado, tirar cadáver do fundo do caixão, dizer que tem delação premiada, cabe a ele fazer a avaliação se agiu corretamente. O que não cabe é partir para o desespero. A acusação, se ela não tem fundamentos, com certeza ela é muito ruim. Sobre o objeto da acusação, quem vai decidir é a própria Justiça, está sob investigação. Não é o Neri, não sou eu, nem o eleitor. Isso é um assunto do Judiciário”, rebateu Jayme Campos.
 
 
 
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