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Jovem que estava dirigindo carro que atropelou universitário se apresenta na Deletran

Da Redação - Bruna Barbosa / Do Local: Fabiana Mendes

A jovem acusada atropelar e matar o estudante de medicina veterinária Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, de 21 anos, na avenida Beira Rio, em Cuiabá, se apresentou na Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran), na tarde desta quinta-feira (8). Daniele Corrêa da Silva, de 24, teria assumido a direção do Honda City do guarda noturno Diogo Pereira Fortes. 

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Diogo compareceu na Deletran acompanhado dos advogados na segunda-feira (5). Ele prestou depoimento e foi liberado. De acordo com o delegado José Carlos Damian, resposável pelo inquérito, Daniele estava dirigindo o Honda City enquanto o amigo estava comendo um lanche no banco passageiro antes do atropelamento, que aconteceu na última sexta-feira (2). 

No momento do acidente, o guarda noturno teria perguntado para amiga o que havia acontecido, mas ela teria afirmado que havia batido em outro veículo. 

"Ele sentiu [o impacto do atropelamento], ele viu, contudo ela afirmou que tinha batido em um veículo. Essa foi a conversa que eles tiveram no trajeto. Com receio de parar às 1h30, em uma distribuidora que tinha muita gente, levou ela para casa e fez ligações para o Ciosp. Houve interesse em saber se foi algo ou alguém, contudo na hora da batida não foi possível identificar", explicou o advogado de Diogo, Jonatas Peixoto. 

Jovem mudou de advogado 

Inicialmente, Daniele seria representada por um dos advogados que integram a defesa de Diogo. No entanto, ela mudou de advogado antes de comparecer na Deletran para prestar os devidos esclarecimento. 

Jonatas explicou que não acredita que a jovem seja presa preventivamente. Segundo ele, Diogo e Daniele não possuem relação amorosa. Eles teriam se conhecido há um mês através de amigos em comum. 

No dia do atropelamento, eles saíram juntos para comer no intervalo do guarda noturno. Em determinado momento da noite, Daniele assumiu a direção do carro. Ela teria dirigido até a casa onde mora, no bairro Dom Aquino, na Capital. Na região também foi encontrada a placa do Honda City. 

No momento do acidente, o guarda noturno teria perguntado para amiga o que havia acontecido, mas ela teria afirmado que havia batido em outro veículo. Após o atropelamento, Diogo voltou para o trabalho e percebeu que o carro estava danificado. 

Jonatas ressaltou que o guarda noturno fez ligações para o Ciosp na tentativa de descobrir se o veículo havia se envolvido em algum acidente. Durante a manhã, depois que saiu do trabalho, ele voltou na distribuidora onde Frederico foi atropelado. 

"Ele sentiu [o impacto do atropelamento], ele viu, contudo ela afirmou que tinha batido em um veículo. Essa foi a conversa que eles tiveram no trajeto. Com receio de parar às 1h30, em uma distribuidora que tinha muita gente, levou ela para casa e fez ligações para o Ciosp. Houve interesse em saber se foi algo ou alguém, contudo na hora da batida não foi possível identificar". 

O advogado explicou que os dois não pararam por receio de serem linchados, já que o estabelecimento estava lotado. De acordo com o advogado, Daniele não possui CNH. 

O caso 

Conforme as informações do boletim de ocorrência da Polícia Judiciária Civil, a vítima estava na rua, ao lado de um veículo estacionado, quando foi atingida por Honda City que passou pela avenida.

O motorista fugiu sem prestar socorro e o crime foi registrado por câmeras de segurança da distribuidora de bebidas onde o rapaz estava segundos antes. 

Frederico estava no sexto semestre do curso de medicina veterinária da Universidade de Cuiabá (Unic). O velório aconteceu na tarde de sexta-feira e o enterro na manhã de sábado (3). 
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