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“Lula fez comício em cima do caixão da mulher dele e ninguém falou nada”, diz Barbudo ao rebater críticas a Bolsonaro

Da Redação - Airton Marques

O deputado federal Nelson Barbudo (PL), que busca a reeleição, saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro (PL), diante da acusação de uso eleitoral da viagem do capitão ao funeral da rainha Elizabeth II, em Londres. O congressista afirma que o mesmo questionamento não é feito ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que discursou durante velório da sua então esposa, Marisa Silva, falecida em 2017.

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“Lula fez comício em cima do caixão da mulher dele e ninguém falou nada. A mulher não tinha sido nem enterrada e o cachaceiro já estava falando em política”, afirmou, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto.

A fala de Barbudo é em resposta às críticas de candidatos à Presidência e especialistas em direito eleitoral, que questionaram a legalidade do ato do presidente ao fazer um discurso político-eleitoral na sacada da residência oficial da embaixada do Brasil no Reino Unido. As campanhas de Lula e de Soraya Thronicke (União) entraram com ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Bolsonaro foi representar o Brasil na morte da rainha da Inglaterra. Um país importantíssimo. Depois, ele é tão querido, que uma multidão o esperava. Num período político, campanha é faca na caveira”, declarou.

Além da viagem a Londres, Barbudo também defendeu Bolsonaro sobre suposto uso eleitoral dos atos institucionais do 7 de Setembro. Afirmou que o presidente discursou para seus eleitores em palco diferente do que foi montado para o ato cívico em Brasília e que as críticas são uma reação da esquerda “desesperada” pelo resultado das eleições. “Fazemos política mesmo. Estratégia do Bolsonaro é perfeita, a esquerda desesperada não tem onde mais mamar”.

Velório de Marisa

Marisa foi enterrada em 4 de fevereiro de 2017, após velório no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). Ela morreu por complicações decorrentes de um AVC do tipo hemorrágico e depois de ficar dez dias internadas na UTI do Hospital Sírio-Libanês.

Durante o velório, Lula discursou e chamou de “Facínoras” aqueles que “levantaram leviandades” contra a então mulher, que foi ré, ao lado dele, em processos da operação Lava Jato.

"Marisa morreu triste porque a canalhice, a leviandade e a maldade que fizeram com ela... Quero provar que os facínoras que levantaram leviandades contra ela tenham um dia a humildade de pedir desculpas", disse Lula.
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