Imprimir

Notícias / Política MT

Aos 17, cuiabana vai anular para Senado e Governo, mas defende eleição de Lula: “não consigo ver um futuro com Bolsonaro”

Da Redação - Isabela Mercuri

Aos 17 anos, a cuiabana Alice Tizziani vai votar pela primeira vez neste domingo (2). Para Governo e Senado, pretende anular, mas os deputados ela já escolheu, assim como o presidente da República: vai de Lula. Filha de dois sindicalistas e militante da Juventude Revolução desde que tinha 12 anos, ela está confiante na vitória de seu candidato, e prefere ‘nem pensar’ em outro cenário: “Sinceramente, não consigo ver um futuro com Bolsonaro. Se foram quase impossíveis os últimos quatro anos, eu não sei o que seria de nós nos próximos quatro”.

Leia também:
Rosa Neide diz que população tem medo de declarar apoio ao PT e aposta em vitória de Lula em MT

A política está “no sangue” de Alice desde pequena. Sua irmã mais velha se envolveu no grupo ‘Juventude Revolução’ aos 14, e ela mesma nem consegue se lembrar das primeiras reuniões que participou. Hoje, é coordenadora do núcleo secundarista, e nele luta por pautas como passe livre e discute com as chapas que disputam os grêmios estudantis. Segundo Alice, ela faz parte do JR para lutar pelo que acredita. “Acho que esse sistema não valoriza a classe trabalhadora. O sistema capitalista só nos destrói e nunca tem o trabalhador como prioridade nunca vai ter. E eu luto por um país socialista, um mundo socialista onde a gente possa ter mais igualdade, mais lugar de fala”.

Para ela, que está no terceiro ano do ensino médio, a eleição é importante para mostrar que tem voz e dizer o que quer para os próximos quatro anos. Sua opção por Lula é justificada tanto pela admiração aos governos petistas, quanto pela decepção com a atual gestão, de Jair Bolsonaro (PL). “O governo atual não investiu em nada na educação. A gente vê que nos anos que o Lula foi presidente teve um avanço muito grande em pesquisas, muitas pessoas conseguiram acessar as universidades, pessoas com baixa renda, eu acho que o Lula vai abrir muitas portas pra gente”, afirma.

“Fico muito feliz de poder votar no Lula porque eu acho que ele foi o único presidente, ou um dos únicos que realmente olhou para a classe trabalhadora, olhou para a população mesmo. Porque o Lula também foi sindicalista, foi um dos líderes sindicalistas do Brasil, e acho que tem um olhar mais para nós, para a saúde, educação dos trabalhadores”, completa.



A estudante está confiante na vitória, e, ao contrário da própria mãe, prefere não pensar em outro cenário: “Eu acho que ele vai ganhar, e espero que ganhe de preferência no primeiro turno.  Sinceramente, não consigo ver um futuro com Bolsonaro. Se foram quase impossíveis os últimos quatro anos, eu não sei o que vai ser de nós nos próximos quatro. Eu não consigo. Minha mãe estava falando para mim: filha, se o Lula não ganhar a gente vai ter que continuar vivendo com o Bolsonaro mesmo, a gente vai dar um jeito. Eu falei: mãe, eu não quero pensar nisso, não vou falar sobre isso, porque o Lula vai ganhar, não tem outra alternativa”.
Imprimir