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"Ela e os pais estão dopados, culpa é da amante e do marido": amiga de grávida lamenta homicídios após traição

Da Redação - Bruna Barbosa

Desde o dia em que atirou contra Marcelo de Barros, de 37 anos e o pai dele, Genuir de Barros, de 67, (pai e irmão da amante do marido), a gestante Bruna Felsk, de 26, está fazendo uso de calmantes. Ela estava foragida desde sábado (22), data do crime, mas se apresentou na Delegacia de Colíder nesta segunda-feira (24). A jovem foi ouvida e liberada após prestar depoimento. 

Bruna chegou a perder líquido amniótico após o ocorrido. O marido de Bruna, que também está foragido, deve se apresentar à Polícia Civil nesta terça-feira (25).

Os pais da gestante, que também estavam no local do crime, estão "dopados", como relata a amiga da família. Na semana retrasada, Bruna descobriu que o marido ainda estava tendo um caso com a amante, mesmo tendo perdoado a traição meses antes. 

Ela disse ao delegado José Getúlio Daniel, responsável pelo inquérito, que foi até a casa da amante, na zona rural de Terra Nova do Norte, para conversar com o pai dela sobre o caso extraconjugal que os dois estavam mantendo. 

Em setembro, Bruna disse ter feito a mesma tentativa com a mãe da mulher e explicado que a gravidez era de risco, mas ela não teria "dado atenção", segundo a versão da suspeita. A gestante alega que atirou no pai e no irmão da amante do marido em legítima defesa. 

"Que conversou pela primeira vez com M. sobre o seu caso com R. via Instagram final de julho; Que conversou novamente em setembro; Que tiveram um longa conversa, discutiram; Que chegou a ligou para a mãe de M., senhora M.T. e relatou sobre o caso de sua filha, pedindo ajuda; Que falou sobre o caso do casal e sobre sua gestação de risco e a mãe não deu atenção", diz trecho do depoimento. 

Família em estado de choque

Para a amiga de Bruna, a família da gestante foi "destruída". Ela e os pais moram na cidade há mais de 30 anos. Ela também lamentou que o marido da amiga não tenha ajudado a impedir a confusão generalizada na casa da amante que terminou com dois homicídios. 

"O marido da Bruna estava lá no local, só que como ele tinha um caso com a outra, não fez nada na hora para defender a esposa dele. Deixou acontecer tudo que aconteceu e não fez nada. Infelizmente, nossa família está destruída. A família mora aqui há 31 anos. A Bruna foi defender o pai quando atirou no Marcelo", explicou. 

"Ninguém tem culpa, a culpa é do amante e do cara. A família não tem culpa. Infelizmente aconteceu tudo isso, ela é a vítima, as duas famílias são. Errado foram os dois: ele que era casado e a mulher que sabia que ele era casado", continuou. 

O advogado da gestante explicou que ela agiu por legítima defesa após ser agredida pela famílai da amante do marido. A mãe de Bruna, que acompanhou a filha até o local, também apanhou e está com suspeita de fratura em uma das mãos. 

"Ela [a gestante] está bastante machucada. Apanhou da mãe e do irmão da amante do marido. Tudo foi uam infelicidade, nada premetidado como alguns meios de comunicação estão divulgando por aí. Toda a investigação está bem no início, mas acreditamos que com os esclarecimentos prestados hoje, a verdade começa a aparecer", disse Sílvio Eduardo Polidorio. 

Entenda os crimes 

De acordo com o boletim de ocorrência, Bruna já chegou na residência alterada e começou uma discussão. Em seguida, o pai da suspeita também chegou na casa das vítimas em uma caminhonete e chamou a gestante para ir embora.

Bruna, então, foi até a caminhonete do marido, pegou uma pistola calibre .380 e disparou contra Marcelo. Genuir tentou intervir e defender o filho, mas também foi atingido pelos tiros.O marido da suspeita conseguiu pegar a arma dela.

Segundo o BO, Bruna e a mãe agrediram a suposta amante do marido dela com puxões de cabelo. O pai da gestante ainda teria ajudado nas agressões, dando "pranchadas com um facão" nas nádegas da vítima.Eles fugiram do local em um S10.

O marido de Bruna tentou socorrer Marcelo, que foi levado com vida para o Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos. Genuir teve a morte constatada ainda na casa onde morava.

O marido de Bruna fugiu do hospital e ainda não foi localizado. Marcelo foi atingido com três tiros, sendo um no peito e dois na barriga. 

Crime não foi premetidado 

A amiga de Bruna, que está em contato com a família da gestante, explicou que os homicídios não foram premetidados e que ela foi até o local apenas para conversar sobre as traições. No entanto, ela explica que a amiga foi agredida com um soco no rosto e teve a barriga chutada pela amante do marido. 

"Ela está bastante machucada, apanhou da mãe e do irmão da amante do marido. Tudo foi uma infelicidade, nada premeditado como alguns meios de comunicação tem divulgado por aí. Toda a investigação está bem no início, mas acreditamos que com os esclarecimentos prestados hoje, a verdade começa a aparecer", reforçou a defesa. 

Em depoimento, Bruna explicou que nunca fez curso de tiro e que praticou duas vezes com o marido. Ela afirmou ao delegado que ele possui registro da arma, mas não tem posse. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil. 
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