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“Não há margem para qualquer ameaça de golpe”, garante deputado após vitória de Lula

Da Redação - Érika Oliveira

Há mais de 24 horas desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda não se manifestou. Nos bastidores, ele estaria calibrando o discurso reconhecendo a derrota, mas o silêncio do presidente vem preocupando autoridades, principalmente em razão das manifestações de caminhoneiros em todo o País bloqueando rodovias federais e pedindo intervenção das Forças Armadas contra o resultado das eleições.

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“As instituições já reconheceram a vitória do presidente Lula, nacionais e internacionais. Os presidentes da Câmara e do Senado também. Eu vejo que qualquer tentativa fora das 4 linhas da Constituição não vai ter êxito. Bolsonaro venceu em 2018 e isso foi respeitado, não deve ser diferente disso agora. Tem todo o direito de fazer oposição, mas a comunidade política e jurídica de todo mundo já reconheceu o resultado da eleição. Não há margem para qualquer ameaça de golpe”, disparou o deputado federal Emauelzinho (MDB), em entrevista ao Olhar Direto.

Bolsonaro passou a manhã desta segunda-feira (31) reunido com ministros e auxiliares no Palácio do Planalto. De acordo com a jornalista Carla Araújo, do UOL, por volta das 16 horas, o presidente deixou o Planalto e foi para o Alvorada, residência oficial.

Ainda de acordo com a jornalista, um auxiliar do presidente afirmou que não há uma definição do tom do discurso do presidente após a derrota. Há em estudo a possibilidade da produção de algum tipo de documento apontando "supostas irregularidades" na eleição de ontem e, caso Bolsonaro questione o resultado, isso acontecerá por meio legais "dentro das quatro linhas da constituição". Outra fonte afirmou que as reuniões com auxiliares próximos têm o objetivo justamente de discutir se haverá mesmo algum tipo de contestação.

Em Mato Grosso, há pelo menos 10 pontos de bloqueios de rodovias federais. Os apoiadores de Bolsonaro contestam a vitória de Lula e pedem que as Forças Armadas interfiram no pleito, afim de manter o atual presidente no poder.
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