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Mauro diz que manifestações por intervenção federal “não têm cabimento” e minimiza post da primeira-dama

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou que as manifestações pedindo “intervenção federal” ou militar não têm “cabimento”. No entanto, minimizou a postagem da primeira-dama Virginia Mendes, que chamou o protesto em frente ao exército, em Cuiabá, de “democrático e legítimo”. Segundo Mauro, é normal que haja divergências de pensamento.

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“A meu ver não têm o menor cabimento. É uma manifestação de um desejo que não tem âncora em nenhuma realidade, não tem âncora na verdade, não tem âncora em nada. É um desejo de algumas pessoas e eu lamento que elas estejam descoladas da realidade, da verdade e da legalidade”, afirmou Mauro.

Na última quarta-feira (02), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitam a derrota do mandatário nestas eleições reorganizaram a pauta das manifestações anti-democráticas que vêm acontecendo desde o último domingo (30) em todo o país. Com o objetivo de dar "ar de legalidade" aos protestos, conforme manifesto que circula nas redes sociais, novas ocupações foram registradas nos quartéis do Exército na Capital, com pedidos de intervenção militar.

A primeira-dama Virginia Mendes, então, elogiou a manifestação: “Resolvi postar esta linda imagem que recebi ontem, porque acredito que manifestações assim, sem violência e de forma ordeira, são democráticas e legítimas. Peço mais uma vez que liberem as rodovias e não prejudiquem nossa nação. No que depender do nosso povo, a nossa bandeira jamais será vermelha. Deus abençoe a todos”, escreveu.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Segundo Mauro, é natural que haja opiniões diferentes. “Qual o problema? Eu tenho a minha opinião, minha esposa tem a dela, você tem a sua. Cada um tem o direito de ter o seu. É a coisa mais normal do mundo as pessoas terem divergências de opiniões. Se eu sou capaz de respeitar a opinião dessas pessoas, quem dirá respeitar a opinião da pessoa mais importante para mim que é a minha esposa”, afirmou o governador nesta quinta-feira (3).

Mauro ainda disse que se os protestos são feitos dentro da ordem e com respeito, são sempre “compreendidos, interpretados e respeitados”, mas que não se deve tirar o direito de outras pessoas. “O que não pode é vir querer causar transtornos, porque se alguém de direita quer fazer isso, nós deixarmos e alguém de esquerda quiser fazer? Vamos ter que deixar? E alguém de centro, alguém de ultra-direita, de ultra esquerda, quer dizer vira uma sociedade sem lei, sem ordem, vira uma bagunça. Agora, manifestação livre, respeitosa e ordeira sempre será bem-vinda e tem que ser tolerada por quem quer que seja que a faça”, concluiu.
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