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Fávaro desmente fake news sobre o Movimento Sem Terra: 'enfrentamento diário contra a desinformação'

Da Redação - Érika Oliveira

O senador Carlos Fávaro (PSD), que vem sendo cotado para assumir o Ministério da Agricultura no governo de Lula (PT), compartilhou em suas redes sociais uma nota do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que desmente uma fake news que passou a circular na última última semana na qual vincula o movimento à invasão da Fazenda Canaã, nos municípios de Araputanga e Matupá. A criminalização do MST foi reforçada, ainda, por meio de um comunicado da Aprosoja-MT na última sexta-feira (04). Em suas publicações, Fávaro - que é citado no comunicado da Aprosoja - não se dirige à entidade, mas diz que vem trabalhando diariamente no combate à desinformação e questiona: "a quem interessa desestabilizar e criar o caos?".

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"Infelizmente vivemos num enfrentamento diário contra as mentiras que são espalhadas dolosamente para desinformar e manipular. Aqui em Mato Grosso espalham noticias falsas de invasão de terraas pelo MST, o que sabemos não é verdade. (...) Nós trazemos fatos, trazemos a segurança da lei que terra invadida não é passível de reforma agrária. Isso não muda com o presidente. Isso tá na lei. Mas a quem interessa desestabilizar e criar o caos? A quem interessa prejudicar a democracia?", escreveu o senador.

Fávaro compartilhou a nota divulgada pelo MST na íntegra, onde o movimento desmente ter ligação com as invasões realizadas por posseiros em Mato Grosso na última semana. No comunicado, o MST reitera que ocupa latifúndios que não cumprem função social, conforme prevê a Constituição.

Na última sexta-feira (05), a atual gestão da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) emitiu um manifesto ameaçando se retirar do Instituto Pensar Agro (IPA) caso os aliados do presidente da República eleito, Luis Inácio Lula da Silva - senador Carlos Fávaro, deputado federal Neri Geller (PP) e produtor Carlos Augustin - se tornem interlocutores do setor em Brasília. 

Na nota encaminhada à imprensa, a Aprosoja-MT diz que não compactua com a agenda defendida pelo futuro governo e cita a fake news de invasão de terras, vinculando os atos ilegais ao grupo aliado do petista. 

Procurado pela reportagem, Fávaro preferiu não rebater a entidade. A Aprosoja-MT já foi presidida pelo senador no passado, mas vem o condenando desde que ele anunciou aliança pela eleição de Lula. O atual presidente da entidade, Fernando Cadore, chegou a publicar diversas notas de repúdio durante a campanha, além de defender a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL), o que acabou não acontecendo.

Conforme apurou Olhar Direto, Fávaro viaja para Brasília nesta semana, onde deverá se reunir com a equipe de transição liderada pelo vice Geraldo Alckmin (PSB). A expectativa é de que ele seja confirmado como nome para o Ministério da Agricultura. 

 
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