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Blairo espera que não haja revanchismo de Lula contra o agronegócio e fala sobre taxação do setor

Da Redação - Airton Marques

Ex-ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP) afirma ser possível que o futuro governo federal decida taxar o agronegócio, com o objetivo de equilibrar as contas públicas e garantir recursos para, por exemplo, ampliar programas sociais. O mega produtor, no entanto, espera que tal medida não seja implantada como forma de "revanche" por conta da forte oposição feita pelo setor ao presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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“Tem que tomar muito cuidado em relação sobre a taxação da agropecuária. Apesar de muita gente achar que não se paga imposto, é um setor que paga muito, pois tudo é colocado na conta, como ICMS, PIS, Cofins. O setor paga bastante imposto”, disse, durante entrevista ao Brazil Journal, publicada nesta quinta-feira (17).

“O setor está bastante exposto e pode ser atacado nesse momento. Então, todo cuidado é necessário. Espero que pelo setor ser majoritariamente contrário a Lula, não seja usado isso para vir nos taxar agora. A revanche não dá agora, né?!”, completou.

Por conta da possibilidade, Blairo alerta que é preciso atenção para tomar medidas necessárias neste período de transição, caso haja a decisão por alguma medida no sentido de taxação. Ressalta que apesar dos bons resultados, o setor tem grandes fragilidades.

“As entidades tem que estar atentas, desde esse período de transição, sobre o que se fala e o que se pensa, e fazer o que for necessário. O setor agrícola é visto como o que dá certo, o que gera riqueza; e se gera riqueza pode taxar ali que ajuda as contas públicas. Mas, não podemos esquecer que é um setor vulnerável. À medida que está indo bem, tudo bem, mas pode dar errado de uma hora parara outra”, pontuou.
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