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Wilson espera nova legislatura para retomar projeto de câmera nas fardas: ‘deputados da Segurança travaram tramitação’

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Indo para seu terceiro mandato consecutivo, o deputado Wilson Santos (PSD) espera o início da próxima legislatura na Assembleia Legislativa, para retomar a discussão do projeto de lei (619/2021) que obriga a instalação de câmeras no interior de viaturas, aeronaves, coletes e capacetes dos integrantes da Segurança Pública.

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O projeto foi apresentado ainda em 2021 e gerou muita polêmica entre os deputados da chamada “bancada da bala”, que comandavam a Comissão de Segurança Pública, presidida por Elizeu Nascimento (PL), e seguraram a tramitação da proposta.

“Alguns deputados ligados à Segurança Pública seguraram o projeto, nós vamos, a partir de fevereiro, voltar a carga. Se for necessário eu apresento um novo projeto. Acredito que a partir de fevereiro nós teremos um ambiente mais simpático para a aprovação”, disse.

Wilson leva em consideração o fato de a próxima legislatura, que toma posse no dia 1º de fevereiro, ter menos representantes da Segurança. Atualmente, a bancada da bala é composta por Elizeu, Delegado Claudinei (PL) e João Batistas (PP) – os dois últimos não foram reeleitos.

De acordo com Wilson estados que já adotaram a prática, como São Paulo, já chegaram a resultados positivos. No Estado paulista, o uso da câmera na farda evitou 104 mortes, uma redução de 57%, em relação ao período anterior em que a medida entrou em vigor, segundo um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O estudo foi feito entre julho de 2021 e julho de 2022, com base nas ocorrências em regiões onde os policiais militares usavam a câmera corporal e também onde não usavam. A pesquisa revelou também que além da letalidade policial, houve redução da criminalidade.

Por conta disso, Wilson ressalta que o governador recém-empossado Tarcísio de Freitas (Republicanos) voltou atrás da proposta de acabar com o programa.

“A história não tem retrocesso, ela sempre avança. Isso é bom para o policial, quando acusado de ter agido com exagero, de forma desproporcional, são as imagens e áudios que vão provar que não. É um equívoco quem pensa o contrário. As câmeras são um avanço para a sociedade, pois a polícia vai cumprir o seu dever sem exageros”, pontuou.
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