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Mendes diz que experiência com câmeras nas fardas de policiais ‘não foi bem sucedida’ em outras regiões

Da Redação - Marcos Salesse

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) comentou sobre o Projeto de Lei que prevê a instalação de câmeras nas fardas dos policiais militares de Mato Grosso. Segundo Mendes, as experiências com as câmeras em outras regiões do país não foram bem sucedidas. Entretanto, os dados comprovam que apenas em São Paulo a redução de letalidade das forças de segurança caiu aproximadamente 72%. 

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Em entrevista à imprensa, o governador afirmou que pretende conversar com representantes da Polícia Militar sobre o projeto. Em um tom irônico, Mendes relativizou a eficácia da medida, já vigente em diferentes capitais do país, e defendeu a “instalação de câmeras em bandido”. 

“Primeiro nós vamos conversar com a Polícia Militar, porque essa experiência foi feita em alguns lugares e tem opiniões controversas, mas a maioria delas é de que não é uma experiência bem sucedida. Seria bom colocar isso aí nos bandidos, para eles tratarem melhor as pessoas”, disse o governador, na manhã desta terça-feira (7), durante o lançamento da Operação Amazônia. 

Os dados, entretanto, contradizem Mauro e comprovam a experiência bem sucedida na redução da letalidade das forças de segurança após a instalação das câmeras. Em São Paulo, capital que aderiu à medida em agosto de 2020, a letalidade caiu 72% entre o primeiro trimestre de 2020 e o mesmo período em 2021, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP). 

PL das Câmeras 

No último dia 8 de fevereiro, o deputado estadual Wilson Santos (PSD) reapresentou o projeto que prevê a instalação das câmeras nas fardas dos policiais militares. O projeto estava arquivado no Legislativo, mas voltou a ser debatido após o registro de duas mortes resultantes de abordagens policiais em Mato Grosso. 

Wilson defende que a gravação das ações policiais resguarda o cidadão contra possíveis excessos praticados por profissionais das forças de segurança, bem como os próprios agentes contra falsas acusações. A proposta prevê a instalação gradativa dos equipamentos por um prazo máximo de um ano após a publicação da Lei. 

Na próxima segunda-feira (13), uma comitiva liderada por Wilson vai viajar para São Paulo para conhecer os detalhes da implantação do projeto e seu funcionamento.
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