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Sindicatos e movimentos sociais pedem cassação do registro de jornalista que agrediu esposa

Da Redação- Amanda Divina

A Rede Brasileira de Jornalistas e Comunicadoras com Visão de Gênero e Raça (RIPVG Brasil) emitiu uma nota de repúdio pedindo a cassação do registro profissional do apresentador de televisão Lucas Ferraz por ter sido condenado a dois anos de reclusão por agredir a esposa Katrine Gomes, de 20 anos. Atualmente, Ferraz está atuando na emissora de TV e rádio Imperatriz, no Maranhão.​

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O texto traz uma crítica à conduta do apresentador alegando que ele deveria ter reconhecido o erro e não convencido a esposa para retirar as acusações. A Rede classificou a atitude como covarde e traiçoeira.

A nota de repúdio traz ainda um apelo às empresas de comunicações e aos gestores para que tenham atitudes responsáveis perante a desnaturalização da violência contra mulheres e meninas. Diante da condenação e do aumento de casos de violência doméstica, foi pedido a cassação do registro profissional do apresentador.

"Diante disso, viemos a público manifestar nossa indignação diante dos atos de agressão praticados por Lucas Ferraz contra sua namorada e pedir às autoridades competentes a cassação dos registros profissionais de agressores com base no artigo 6º, parágrado XI do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que estabelece como dever do jornalista "defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias individuais e coletivas (...)", diz trecho da nota.

O documento foi assinado por movimentos feministas e LGBTs, entre eles o Observatório de Comunicação e Desigualdades de Gênero da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), grupos de pesquisas e pelo menos três sindicatos de jornalistas do Brasil.

Relembre o caso

De acordo com o promotor de Justiça, Felipe Augusto Ribeiro de Oliveira, o caso teve início durante uma festa em dezembro do ano passado, em Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), quando o apresentador teria ficado com ciúmes da esposa, causando uma discussão.

Durante a briga, Ferraz desferiu diversos socos no rosto de Katrine. Já em casa, o jornalista continuou as agressões. O caso então foi informado à Polícia Civil, que prendeu o apresentador para dar continuação às investigações.

O promotor afirmou que antes de ser preso, Ferraz causou danos emocionais à Katrine, já que ele gravou diversos vídeos após o fato e postou nas redes sociais, negando as agressões. A jovem alega que se autoagrediu durante uma forte crise de ansiedade, contrariando o laudo do exame do corpo de delito.

No mês de fevereiro deste ano, Ferraz foi condenado a pena de dois anos e um mês de prisão. Entretanto, devido à sentença ser menor que 4 anos, ele recorre em liberdade.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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