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Interventora afirma que ao menos 9 mil morreram antes de serem chamados para cirurgias na capital

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Dos mais de 110 mil pacientes que estão na fila de espera por cirurgias na rede de saúde da capital, ao menos 9 mil já faleceram sem que fossem chamados. A informação foi levantada pelo gabinete estadual de intervenção, que retomou nesta segunda-feira (10) as cirurgias de pessoas que aguardam desde 2019.

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“Iniciamos a limpeza dessa fila. Já fizemos um cruzamento com o sistema de mortalidade, um sistema oficial, e há 9 mil pessoas que já morreram e continuam nessa lista. É um trabalho que não dá resultado rápido, mas nossa equipe já está trabalhando”, afirmou a interventora, Danielle Carmona.

As cirurgias eletivas no Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (HPSMC) estavam suspensas há mais de quatro meses. A previsão é fazer até 200 procedimentos de baixa e média complexidade por semana, chegando a 800 por mês. “Há demanda de todos os municípios, considerando que a capital é quem detém uma maior oferta de serviços”.

No HPSMC, foram retomadas as cirurgias de vesícula, de retirada de hérnia, histerectomia, laqueadura e vasectomia na unidade hospitalar, após a contratação de profissionais, abastecimento de medicamentos e insumos e a regularização do serviço de lavanderia.

Já no Hospital São Benedito devem ser concentradas as cirurgias cardíacas e vasculares; no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) com atendimento de neurologia, além da urgência e emergência, e no HPSMC os procedimentos de baixa e média complexidade.
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