O senador Jayme Campos afirmou que ao menos por hora está descartada a possibilidade de deixar o União Brasil. Cacique da legenda, o parlamentar criticou o adiantamento do pleito de 2024, que motivou a mais recente crise do partido, e voltou a defender que Eduardo Botelho e Fábio Garcia entrem em um consenso.

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“Isso [ameaça de debandada] é matéria vencida pra mim”, garantiu. Ao ser questionado se já tinha definido um lado na disputa entre Botelho e Fabio Garcia, Jayme alertou para os riscos de o União Brasil perder a eleição se “entrar rachado”.

“Eu não apoio ninguém por enquanto. Primeiro que ninguém é candidato, lançar candidatura agora é crime eleitoral. Tanto Botelho como o Fabinho são excelentes nomes, mas isso só será resolvido lá na frente, no ano que vem. O momento agora é cada um trabalhar e buscar seu espaço. Pode surgir até outros nomes. Acho que essa antecipação das eleições de Cuiabá é muito ruim. E vamos ser justos, na última reunião do partido realmente não tratamos disso, porque a orientação partidária é de lá na frente buscar consenso. Se entrar rachado, com certeza corre o risco de perder”, frisou.

A crise no União Brasil já vem se arrastando há algum tempo, mas se intensificou depois que os deputados estaduais foram a público reclamar que a movimentação para definir Mauro Mendes como presidente da sigla no Estado teria sido feita "na calada da noite".

Uma reunião de última hora precisou ser convocada para a noite do dia 27 de abril, data em que o governador Mauro Mendes afirmou que o grupo tinha chegado a um consenso, embora o desconforto ainda fosse visível entre eles.

Garcia é, junto com Botelho, pivô do mal-estar criado no partido. Os dois querem concorrer à Prefeitura de Cuiabá, sendo que o deputado federal tem o apoio da chamada “ala maurista”, enquanto o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso agrega aprovação da bancada estadual.