A interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, rebateu a acusação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que a classificou como leviana e irresponsável após afirmar que 17 mil pessoas morreram na fila de espera por cirurgias eletivas em Cuiabá. O chefe do Executivo municipal entrou com uma interpelação a fim de que a enfermeira prove o número de mortes.
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Segundo Carmona, o número de mortes foi obtido por meio de cruzamento de dados que constam no Ministério da Saúde, juntamente com o sistema de regulação de mortalidade.
Ela ainda explicou que chegou a esse número após o gabinete da intervenção entrar em contato com as famílias das vítimas e constatar que muitas pessoas já estavam mortas. No entanto, Carmona não soube especificar se as vítimas morreram esperando pelas cirurgias e tiveram intercorrências no quadro clínico, ou por outro motivo.
“Sempre falamos que foram pessoas que foram a óbito e tinham algum tipo de solicitação. Em nenhum momento nós falamos que as pessoas morreram aguardando aquele procedimento. Para quem conhece um pouco de gestão, é só fazer o confronto entre os dois sistemas oficiais e públicos", disse Carmona.
A interventora ainda salientou que todos os dados têm o aval dos órgãos de controle, como Tribunal de Contas do Estado (TCE), Controladoria Geral do Estado (CGE) e Procuradoria Geral do Estado (PGE).
“Faço tudo com base em dados oficiais. Não tem nada no achismo”, disparou.
Entenda
Nesta quarta-feira (24), Emanuel Pinheiro afirmou que vai interpelar, por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), a interventora da Saúde de Cuiabá, Danielle Carmona, por sua afirmação.
De acordo com o prefeito, é preciso esclarecer que a fila abrange moradores dos 141 municípios do estado, demonstrando a fragilidade do funcionamento da saúde de Mato Grosso.