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Representante de Mato Grosso quer força tarefa de políticos para conseguir liberação da Ferrogrão

Da Redação - Max Aguiar

O representante do Escritório de Mato Grosso em Brasília, Leonardo Albuquerque (Republicanos), irá se reunir com a bancada estadual e montar uma força tarefa para debater a decisão que paralisou as obras da Ferrogrão, que liga Sinop a Miritituba, no Pará. A liberação da ferrovia é a principal meta dos políticos. Questão está sendo debatida no Supremo Tribunal Federal (STF). 

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Em entrevista ao Olhar Direto, Leonardo disse que pretende reunir primeiramente com os deputados e senadores de Mato Grosso para em seguida ir até os ministérios da Agricultura, Meio Ambientes e Povos Originários para tratar do assunto. Vale ressaltar que a continuidade das obras da via de escoamento está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que deve retomar o julgamento essa semana no Supremo Tribunal Federal. 

"Nós vamos lutar para que as obras e os estudos sejam retomados. Em nossa reunião, essa semana vamos debater sobre isso com nossos representantes e depois vamos ao ministério. Impactos ambientais negativos não existe. Não podemos acatar essas ideias e preconceitos e deixar que isso seja o ponto final e paralisar tudo", disse o ex-deputado, que hoje está como chefe do Ermat. 

Na última sexta-feira (26), a Advocacia Geral da União (AGU) se manifestou contrária para a lei que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxin, no Pará, para construção da ferrovia. O posicionamento da AGU aconteceu após a ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara pedir reconsideração no relatório inicial, dizendo que afetaria as terras dos povos indígenas. 

Lamentando suposta “hipocrisia ambiental”, Mauro Mendes salientou que proteger o meio ambiente é uma ação necessária. Porém, criticou possíveis excessos. “É igual aquela história de proibir a Petrobras de pesquisar petróleo a mais de 300 quilômetros em alto mar porque poderia causar impacto em uma terra indígena. Se isso fosse verdade, nós teríamos que fechar o Brasil, porque a 300 quilômetros de todo lugar no Brasil tem uma reserva indígena”.
 
“Não dá para levar a sério um negócio desse. Não parece sério, não parece responsável. Parece que são os nossos inimigos do Brasil. A Ferrogrão é algo parecido. Parece que alguém quer ser contra a nossa logística, contra a nossa produtividade, nossa eficiência. Não quer deixar o agronegócio brasileiro, que a única atividade que compete com o mundo inteiro, nós exportamos, e nós precisamos ter um meio transporte que o mundo inteiro usa, que vai ser melhor para o planeta, que é melhor para o meio ambiente, que vai consumir menos combustíveis fósseis, que vai trazer ganhos sobre diversos aspectos”, comentou o governador.
 
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