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Mauro afirma que intervenção seguiu suas ordens ao exonerar servidores: ‘Saúde não pode ser cabide de emprego’

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (União) afirmou que a demissão de servidores comissionados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pelo gabinete de intervenção seguiu suas próprias ordens, de retirar quem não estivesse sendo produtivo dentro da pasta.

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“Olha, eu não conheço nenhuma dessas 255 pessoas que você está citando, mas a ordem clara e objetiva que eu passei foi: se tiver alguém desnecessário, que não tem o perfil ou que não está dentro dos quadros necessários para fazer a saúde funcionar, corte, diminui. Nós queremos uma saúde que produza serviço de saúde, não para servir de cabide de emprego para ninguém”, disse, em conversa com a imprensa nesta quarta-feira (07).

Alguns destes servidores demitidos tem se mobilizado e protestado contra as medidas do gabinete estadual. Na segunda-feira (05), lotaram a galeria de um dos auditórios da Assembleia Legislativa (ALMT) e, com forte pressão, fizeram com que conferência que discutiria o pós-intervenção fosse concluída. Na ocasião, os ex-servidores seguravam cartazes em que denunciaram a exoneração de 255 servidores sem justa causa.

Entre as demissões, o gabinete cita casos de servidores que tentaram boicotar a intervenção furando plantões médicos nas unidades de saúde, por exemplo. Além disso, houve casos de funcionários que mentiram sobre a falta de medicamentos que estavam no estoque.

"Cada médico, cada enfermeiro, cada técnico de enfermagem, cada profissional que atua nas diversas áreas da saúde, nós estamos ajustando essas equipes, estamos trocando algumas pessoas. Essa semana mesmo eu fiquei sabendo de alguns casos aí de profissionais que não estavam desempenhando bem lá, atendendo corretamente. Uma unidade faz 30 e tantas consultas. Naquele mesmo período um faz dez. O que está acontecendo? Tem que explicar muito bem ou tem que tomar providência. Eu fui firme com a Danielle, exigindo dela que tome providência. Nós temos que trabalhar com seriedade. E todo mundo tem que ser sério nessa história. Governador, secretário, agentes públicos e os profissionais também. Como é que uma atende 30 e poucas consultas e uma atende dez consultas? Não dá. Então nós vamos monitorar isso", declarou.

"Vamos colocar esses dados de forma muito transparente para o cidadão, para os vereadores, para qualquer um que queira fiscalizar, olhar a escala de profissionais que estarão disponíveis, que foram escalados. Se faltou vai ter que se explicar muito bem ou se não nós vamos encaminhar, porque isso é uma falta grave e existem punições para esses casos. Se for profissional do quadro efetivo terão as consequências. Se for do quadro temporário terão as consequências também, que é pedir a substituição", pontuou.
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