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Comissão contra Cattani: Janaina defende punição ao deputado e diz que algo precisa ser feito

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

Em sua última semana à frente da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a deputada estadual Janaina Riva (MDB) voltou a comentar sobre o caso do deputado Gilberto Cattani (PL) e disse que as falas do parlamentar não devem passar impunes. 

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“Eu tenho dito pros deputados, eu acho que a gente tem que ir pra essa comissão sabendo que algo precisa ser feito, que seja algo pedagógico para que não aconteça novamente, especialmente isso. Eu acredito que precise ter alguma punição, sim, então isso não vai passar assim, em branco”, afirmou.  

Durante a gestão da parlamentar, ocorreu a polêmica fala de Cattani, que fez uma comparação entre a gestação de mulheres e a gravidez de vacas, gerando uma repercussão negativa entre os colegas e a sociedade civil. Em decorrência dessas declarações, ele foi denunciado na Comissão de Ética e está sendo alvo de investigação para apurar o ocorrido.

Inicialmente, a comissão encarregada de apurar o caso era composta por cinco deputados homens, excluindo Janaina, a única parlamentar mulher da Casa. No entanto, agora, ela deve ser uma das titulares que julgarão o caso.

Gilberto Cattani é presidente da Comissão de Direitos Humanos, Defesa dos Direitos da Mulher, Cidadania e Amparo à Criança, ao Adolescente e ao Idoso da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. 

Quando questionada sobre o julgamento, Janaina afirmou que pretende  abordar a questão com imparcialidade, uma vez que considera esse episódio uma página virada dentro da Assembleia Legislativa.

“Nós queremos fazer é demonstrar que a Assembleia Legislativa já virou essa página. Que não cabe mais preconceito com relação a mulher, discriminação, misoginia. Então o nosso trabalho vai ser um trabalho tranquilo, nós não queremos crucificar ninguém, não vamos ficar crucificando o deputado, mas nós queremos que ele reconheça o erro de falar e comparar mulheres com a vaca”, disse ela. 

“Eu quero ir para a Comissão porque sou mulher e quero ouvir a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria, as mulheres todas, para que a gente possa tomar uma decisão ali em conjunto com os deputados. Claro que eu não vou decidir sozinha, sou eu e mais quatro, mas ao menos ter alguma decisão que seja pedagógica nesse tipo, que não haja mais, porque não dá para você ser nesses casos muito brando, porque se não acontece de novo”. 
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