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Líder do governo afirma que Transporte Zero será votado nesta quarta, mesmo que fora do plenário

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Líder do governo na Assembleia Legislativa (ALMT), o deputado Dilmar Dal Bosco (União) afirmou que o projeto de lei do Transporte Zero (PL 1363/2023) será votado nesta quarta-feira (28), mesmo que fora do plenário, em sala fechada. De acordo com o parlamentar, a Mesa Diretora deve estar preparada para eventualidades, como invasão de pescadores contrários à proibição do transporte, armazenamento e comercialização do pescado.

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“A votação é normal. Eu falei ao presidente que ele que tem que estar preparado. Porque se nós não tivermos condições de fazer na plenária, tem que fazer igual foi feito na Lei de Complementar 631, que fizemos no Colégio de Líderes”, disse, relembrando a votação emblemática ocorrida nos primeiros meses de mandato do governador Mauro Mendes (União), quando o Paiaguás encaminhou uma série de projetos apelidados de “pacote da maldade”. Na época, servidores acamparam no plenário e a sessão foi realizada na sala do Colégio de Líderes, varando a madrugada.

“Se for invadido, lógico que nós vamos passar para algum outro local de votação. Acho que não tem necessidade nenhuma, até porque a democracia é para isso, a democracia é para discussão, é para o diálogo, para conversa e o projeto de lei amanhã tem que votar”, completou.

Dilmar garante que apesar da pressão de pescadores atingidos pela proibição, o texto será aprovado com o mesmo placar registrado na primeira votação, do dia 3 de junho – 14 votos favoráveis. Além disso, avaliou como natural a manifestação realizada na manhã desta terça-feira (27), quando trecho da rodovia que liga Santo Antônio de Leverger a Cuiabá foi bloqueada por algumas horas.

“Todos os deputados que votaram na primeira continuam votando para a segunda votação. Então, significa que se fosse colocado o projeto em votação, passaria da mesma maneira com o substitutivo que foi discutido, inclusive, com a oposição. Muitas ideias da oposição, foram colocaram dentro o substitutivo”, pontuou.

Estrutura de guerra

A expectativa é que até 2 mil pessoas estejam na sede do Legislativo, por isso, a Mesa Diretora irá fechar a avenida André Maggi, no Centro Político Administrativo, e reforçar a segurança com 70 policiais (incluindo agentes da Rotam e Batalhão de Trânsito). Além de instalar telões e tendas do lado de fora do prédio, para que manifestantes acompanhem a sessão.

“Esse reforço serve para dar segurança aos pescadores, tanto os que são pró quanto os que são contra o projeto, possam ter seu direito de manifestar, de forma segura e ordeira. A ideia é fechar a rua em frente à Assembleia, para que os pescadores possam ficar ali, sem risco de atropelamento”, afirmou o coronel Henrique Santos, chefe da segurança da Assembleia.

Ainda segundo o coronel, os manifestantes serão revistados para entrarem nas galerias. Apenas 600 pessoas poderão entrar no prédio do Legislativo. Alguns deputados falam da possibilidade de haver até pescadores acampados, passando a noite na frente da Assembleia. “Às vezes, pessoas mal intencionadas podem se colocar dentro desses grupos para tentar algum ato de vandalismo”.
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