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Mauro repete que Bolsonaro merece 'mesmo tratamento dado a Dilma', mas duvida de vitória no STF

Da Redação - Érika Oliveira

O governador Mauro Mendes (UNIÃO), em entrevista ao portal UOL, considerou “pouco provável” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consiga êxito no Supremo Tribunal Federal (STF), caso oficialize recurso contra sua inelegibilidade, determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Mauro Mendes, que foi aliado de Bolsonaro na última eleição, repetiu a tese de que a Justiça deveria dar ao líder da direita o mesmo tratamento dado a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, a petista teve seu mandato cassado, mas não perdeu seus direitos políticos.

De acordo com a decisão do TSE, Bolsonaro não poderá disputar as eleições de 2024, 2026 e 2028 — duas municipais e uma presidencial. O ex-presidente estará autorizado a se candidatar a partir das eleições de 2030.

Antes mesmo do julgamento que o tornou inelegível, Bolsonaro disse que iria recorrer ao Supremo. Em que pese, o recurso ainda não foi interposto.

Caso se confirme, caberá ao presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, analisar se há admissibilidade no recurso.

Para o governador de Mato Grosso, a relação conflituosa que Bolsonaro mantinha com a Corte poderá complicar as chances de “sobrevida” do ex-presidente. Mauro Mendes, no entanto, defendeu que os ministros não decidam com base em “vingança”.

"Não estou dizendo que o que o Bolsonaro fez foi certo, não vou entrar nesse mérito. Mas o que a Dilma fez foi errado, tanto é que ela foi cassada. Bolsonaro também sofreu sua pena. É uma análise simplista, mas espero que se dê o mesmo tratamento. Que tenha uma justificativa muito clara sobre a diferença entre a Dilma e o Bolsonaro. E que a justificativa não seja que o Bolsonaro brigava muito com o STF. Que não seja uma vingança. Não podemos esperar isso da mais alta Corte do Judiciário e da envergadura que tem que ter cada ministro”, pontuou o governador de Mato Grosso.
 
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