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Obras do BRT na Couto Magalhães serão iniciadas em setembro, afirma adjunto da Sinfra

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

O secretário adjunto de Obras Especiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Isaac Nascimento Filho, afirmou nesta terça-feira (15) que as obras do BRT na Avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, serão iniciadas em setembro. Atualmente, as equipes trabalham na execução de uma faixa de concreto na Avenida da FEB, também em VG.

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Vereadores e empresários da cidade temem o impacto no comércio local, com uma nova interrupção e limitação de tráfego nas imediações do centro da cidade. 

O anúncio da nova via a ser interditada foi realizado durante uma reunião realizada nesta terça para esclarecimento a respeito do andamento das obras na FEB. Participaram do encontro deputados, empresários, vereadores e membros da sociedade civil.

Em meio às reclamações de empresários e motoristas que trafegam pela avenida da FEB, que tem atualmente parte da via interditada para execução das obras, o adjunto da Sinfra afirmou que a pasta planejou a obra para evitar o máximo de transtornos à população.

Em seguida, ele anunciou que as obras serão iniciadas, a partir de setembro, na entrada da Avenida Couto Magalhães. A medida é temporária e tem como objetivo desafogar o trânsito na Avenida da FEB. De acordo com o projeto, será realizada uma entrada parcial da Avenida Couto Magalhães até a Igreja Nossa Senhora do Carmo e Avenida Filinto Muller. 

A previsão de término é para o dia 30 de novembro. No entanto, o secretário afirmou que as obras serão paralisadas caso não sejam finalizadas a tempo e também devido a proximidade com as festas de final de ano. 

“Nosso planejamento entra em 4 de setembro e finaliza em 30 de novembro. Se por um acaso chegar no dia 30 de novembro, acontecer algum imprevisto e a capa de concreto não for concluída 100%, a gente fecha tudo, solta o pavimento, para onde estiver, deixa as festas do ano acontecer, em dezembro,  janeiro. Em seguida a gente volta e conclui o que estiver faltando”. 

O secretário ressaltou que um relatório detalhado com o cronograma das obras será apresentado à Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e empresários de Várzea Grande. 

Em sua fala, o vereador Pedro Paulo Tolares, o Pedrinho (UNIÃO BRASIL), presidente da Câmara de Vereadores de VG, destacou que é importante a cidade participar do debate e criticou a falta de debates sem a parlamentares de Várzea Grande. 

“É uma obra que está se iniciando, a gente já vê vários impactos negativos, eu acho que é o momento de se analisar esse projeto, que todo mundo tenha o conhecimento, até porque eu estou acompanhando desde o início. Já estou a três mandatos como vereador, e a gente nunca foi convocado para uma reunião para ter os esclarecimentos”, afirmou. 


Para o vereador, a ligação do modal entre a Avenida Couto Magalhães e Avenida Filinto Muller é um erro. Ele diz que as obras deveriam considerar o planejamento inicial do VLT. 

“Eu defendo que esse terminal tem que ser feito onde era o VLT. Até porque já é uma área maior, o Estado já se apropriou, já pagaram, foram dinheiro de caminhões que foram depositados ali, fizeram viadutos. Por que hoje levar para o centro da cidade sem ouvir o comerciante, sem ouvir os representantes da sociedade que ali defende esse modal”? questionou. 

A vereadora Gisa Barros (UNIÃO), de Várzea Grande, contestou a informação passada pelo secretário, quando ele disse que a Avenida Couto Magalhães não será fechada em outubro. De acordo com ela, o projeto prevê o fechamento de um trecho de 200 metros da via e isso pode impactar negativamente na atividade comercial do município. 

“É preocupante essa situação porque hoje é a FEB que sofre. Mas em pleno outubro, novembro e dezembro, fechar uma avenida com a Couto Magalhães, que é o principal setor comercial da nossa cidade e não pensar nos comerciantes é preocupante”. 

Ela defendeu que as obras sejam paralisadas com a proximidade do final de ano ou que a execução se dê na Filinto Muller. “Os comerciantes não podem ser penalizados nos meses de outubro, novembro e dezembro. Que vocês façam [as obras] na FIlinto Muller, ou paralisem as obras nesses meses”.  

Em respostas a vereadores, o adjunto da Sinfra, Isaac Nascimento, reforçou que a previsão do término é dia 30 de novembro. Ele argumentou que “se não entrar na Couto Magalhães agora”, somente após o período das chuvas, que finaliza em meados de abril. “A gente precisa concluir isso antes para impactar muito pouco no comércio local”. 

Presente na reunião, o deputado Wilson Santos (PSD) criticou o Estado e afirmou que os empresários merecem ser indenizados pelos impactos sofridos em meio às obras. “Essas pessoas merecem indenização. Esses empresários e seus trabalhadores são heróis da resistência. O que o Estado fez com eles é uma tremenda desonestidade histórica. Muitos faliram, entraram em desespero e nunca mais organizaram suas vidas econômicas e financeiras. O Estado não pode tratar sua gente dessa forma”. 

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (UNIÃO), avaliou positivamente o encontrou e afirmou que pretende dar continuidade aos debates. Ele se colocou à disposição dos empresários e parlamentares da cidade para tratar do tema quando preciso. 
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