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Suspeito afirma que matou esposa a tiros após saber sobre suposto amante

Da Redação - Arthur Santos da Silva

Suspeito de matar Joicemara Baltazar de Moraes, de 27 anos, assassinada com um disparo de arma de fogo que a atingiu no tórax, afirmou que cometeu o crime após a mulher contar que possuía um amante e que estaria disposta a terminar o relacionamento oficial. Informação foi divulgada pelo delegado Ronaldo Binotti Filho, de Juína.

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Na noite de terça-feira (5), a equipe da Delegacia de Juína foi acionada para atender uma ocorrência de um suposto latrocínio, ocorrido na Rua das Violetas, no bairro Módulo 4. Na residência, os investigadores encontraram o marido da vítima com a filha do casal, de nove meses, no colo.
 
Ele informou que estava com a criança dentro de casa, quando ouviu um barulho do lado de fora. Segundo ele, imediatamente avistou a esposa caída, encostada ao muro da casa, e um homem encapuzado correndo pela rua.

A história não convenceu os investigadores, que desconfiaram das informações. Conforme a apuração, a vítima não foi socorrida à Unidade de Pronto Atendimento, mas sim para um hospital particular da cidade. Além disso, o marido dela não pediu ajuda a vizinhos e foi até a casa de seu irmão. Somente depois retornou a sua residência e socorreu Joicemara.

A equipe da Polícia Civil imediatamente passou a analisar imagens de câmeras no local. Em nenhuma delas havia a presença de outra pessoa passando próximo à residência. Diante das informações e elementos coletados, o marido da vítima foi conduzido Delegacia de Juína, como suspeito.

A Politec foi acionada para realizar a perícia na casa. Em um dos quartos foi localizado um cartucho deflagrado, de calibre 32. Do lado de fora da casa, foram encontradas outras quatro munições do mesmo calibre, intactas. O calibre, ao que tudo indica, é o mesmo que causou a perfuração no peito da vítima, ocasionando sua morte.

Autor confessa

Com base nos elementos, o marido de Joicemara foi indagado sobre o que ocorreu na noite de terça-feira. Diante dos indícios reunidos pela equipe de investigação, ele confessou o crime e apontou o local onde a arma de fogo foi abandonada.
 
Os policiais seguiram ao local indicado. Perícia técnica encontrou a arma de fogo em uma área de mato, no pátio do Senai, a cerca de 20 metros da residência.

O suspeito relatou que após confraternizarem com o irmão e a cunhada, o casal retornou a sua residência. Nesse momento, ele iniciou uma discussão com a vítima, que teria lhe dito que iria deixá-lo e levaria a filha do casal. A vítima estaria vivendo um relacionamento extraconjugal.

O suspeito narrou que entrou no quarto e se trancou com o bebê e quando Joicemara arrombou a porta, ele sacou o revólver, que possuía há alguns anos, e fez o disparo que a atingiu no peito.
 
Ainda segundo o suspeito do crime, a vítima correu para fora de casa e caiu no quintal, encostada ao muro. Após o disparo, ele jogou a arma pelo muro da residência, deixando as munições caírem no quintal. Em seguida, saiu com a criança da casa e pediu socorro a um motorista que passava pela rua. Seguiu até a casa do irmão, que mora no mesmo bairro. Em seguida, voltou para a residência, com o irmão, e ambos levaram Joicemara para um hospital particular.
 
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