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Mauro volta a falar sobre Sandro Louco e comando de facções dentro dos presídios: "vexame"

Da Redação - Mayara Campos / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) voltou à fazer referência ao presidiário Sandro Silva Rabelo, mais conhecido como Sandro Louco, o líder da facção criminosa Comando Vermelho em Mato Grosso, durante o evento ‘V Encontro do Sistema de Justiça Criminal de Mato Grosso’ na quinta-feira (21), em Chapada dos Guimarães (a 67 km de Cuiabá). Durante seu discurso, o gestor lamentou o crescimento da violência no Brasil nos últimos 30 anos e defendeu a revisão da legislação penal. O tema do evento promovido pelo Poder Judiciário do estado trata justamente sobre a efetividade da jurisdição penal.

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“O que acontece hoje no Brasil, eu já tive oportunidade de conversar com algumas pessoas, beira ao ridículo e vexame para todos nós brasileiros. Nós sabemos o nome e sobrenome de importantes líderes de organizações criminosas, que estão presos há décadas no Brasil e lá dentro das nossas prisões, eles continuam comandando essas organizações durante décadas”, afirma Mendes.

“Vamos falar aqui para o nosso estado. Nós também sabemos o nome e sobrenome de alguém que comanda uma dessas instituições criminosas que está há décadas preso e continua sendo líder dessa facção. Ao constatar isso, poderíamos aqui discorrer longamente sobre problemas, eu só queria deixar essa reflexão”, complementa o governador, em referência à Sandro Louco.

Em junho deste ano, durante um evento sobre Segurança Pública, Mauro mencionou o líder criminoso pela primeira vez em discurso. Ele afirmou que o comando dentro da cadeia vem sendo tratado dentro da normalidade, parecendo “estar tudo bem e cada um vai se virando como pode". Mendes também apontou a falha grave do conjunto de leis brasileiras.

Já nesta semana, o governador reforçou que a violência estrutural no país têm contribuído para o crescimento dos índices de crimes violentos nos últimos 30 anos, em todo o Brasil.

“A violência no Brasil ela é algo muito estrutural, todos nós que aqui estamos e boa parte dos especialistas brasileiros dizem isso, e nós sabemos que é verdade. É muito mais sensato você olhar o Brasil e olhar esse problema da violência, da segurança pública, sob uma perspectiva muito mais longa. Se olhar 30 anos de Brasil, você vai perceber que grande parte, se não todos os indicadores de violência pioraram. Nós temos que reconhecer que algo precisa ser feito diferente do que estamos fazendo”, explicou.

Para Mauro, as jurisdições penais precisam sofrer uma “profunda reflexão e algumas sérias revisões” para que se mude o problema estrutural no país, principalmente nos presídios.
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