Imprimir

Notícias / Política MT

Mendes diz que não vê necessidade de Jayme intermediar encontro com Botelho: 'basta pedir e eu convoco a reunião'

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) afirmou nesta terça-feira (17) que não vê a necessidade de intermediação para que ocorra um encontro entre ele e o deputado estadual Eduardo Botelho. A fala é uma resposta à declaração de Botelho, na qual o parlamentar disse, também nesta terça, que solicitou ao senador Jayme Campos (UNIÃO) que intermediasse um encontro com o chefe do Executivo para definir sua situação no União Brasil - se permanece ou sai da sigla.

Leia também
Mauro busca previsão legal para devolução da LOA e não indica inclusão de emendas no orçamento


“Não tem essa necessidade de intermediar [reunião]”, disse Mauro, que preside o União Brasil em Mato Grosso. “O Botelho é o presidente da Assembleia, basta ele pedir e eu convoco a reunião a qualquer momento. Conversamos sobre diversos assuntos, mas não tratamos disso [eleições]”, completou o governador Mendes.   

Desde agosto, quando cravou sua saída do União para viabilizar sua candidatura à prefeitura de Cuiabá por outro partido, Botelho tem sido deixado em modo "stand-by" pelo governador. 

Tanto o deputado quanto Mauro já se reuniram algumas vezes para discutir a possível desfiliação. Nas últimas conversas que tiveram, conforme revelado pelo Olhar Direto, o governador fez inúmeras propostas para que o deputado recuasse de seu projeto à Prefeitura da capital, mas não obteve sucesso em nenhuma das investidas. 

Desde então, o governador tem postergado a decisão sobre liberar ou não o parlamentar, que mantém conversas já avançadas para se filiar ao PSD. Nesta terça, Botelho revelou que pediu ao senador Jayme Campos para que ele faça uma reunião do partido antes da viagem do governador à China, programada para o início de novembro. De acordo com a agenda oficial divulgada pelo Paiaguás, Mendes estará fora do Brasil por 15 dias para tratar de negócios.

“Nessa reunião nós deveremos criar uma definição ou resolver a minha liberação, uma saída em definitivo, que não é problema nenhum também”, disse Botelho sobre a sua ideia. Entretanto, ele ponderou que "quem detém o poder de definição em Cuiabá é o governador" e que "não há dúvida disso". "No final das contas, quem bate o martelo é ele, mas eu não tenho essa definição por parte dele".

Em meio a esse impasse, a expectativa de Botelho era que o ponto final no seu imbróglio junto à sigla ocorresse ainda em setembro. No entanto, não houve nenhuma deliberação no último mês. Novembro já se aproxima e, até o momento, não há sinal de uma solução que estabeleça a sua permanência ou desfiliação do União Brasil. 
 
Imprimir