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Júlio afirma que Dilmar teve poder tolhido e por isso entregou cargo de secretário-geral do União Brasil

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Oriundo do antigo PFL, o deputado estadual Júlio Campos afirmou que não restaram alternativas ao colega Dilmar Dal Bosco além da escolhida: entregar o cargo de secretário-geral do União Brasil, presidido pelo governador Mauro Mendes.

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A renúncia foi comunicada por meio de ofício na semana passada. Oficialmente, Dilmar alegou falta de tempo para conciliar o mandato, a liderança do governo na Assembleia Legislativa e a função no diretório estadual.
Júlio, no entanto, expôs a relação conturbada entre as duas correntes que integram o União. Uma, a que ele pertence, vinda do antigo PFL e DEM; a outra, composta pelo grupo de Mauro, que se filiou ao DEM em 2018, quando diversos nomes ficaram sem espaço no PSB.

Segundo Júlio, havia um acordo para que ambos os grupos fossem contemplados. Mauro ficaria com a presidência, enquanto Dilmar – representando os Campos e oriundos do PFL – ficaria com a secretaria-geral, responsável pela formalização das comissões provisórias municipais.

O acordo, no entanto, não teria sido cumprido, já que Mauro não teria dado a acessibilidade necessária para que Dilmar executasse a função. O poder sobre as comissões municipais, de acordo com Júlio, ficou na mão do grupo de Mauro, que deu tal autonomia a Aécio Rodrigues, presidente do MT Gás.

“Ficou acertado que Mauro ficaria com a presidência e a secretaria com o outro grupo. Mas a senha partidária ao invés de ser entregue ao Dilmar para legalizar as comissões provisórias e os diretórios do interior, foi passada para o Aécio Rodrigues, que é o tesoureiro do partido, servidor público do estado e de absoluta confiança do Palácio Paiaguás”, afirmou.

“Então, para que vai ser secretário-geral do partido, se nem a senha partidária que é obrigado estar na sua mão é lhe confiado? Então, só restava ao Dilmar renunciar. Vamos aguardar para ver quem vai ficar no lugar”, acrescentou.

Júlio revelou ainda que a criação da comissão provisória do partido estava emperrada e que foi preciso que o senador Jayme Campos desse uma “esculhambada” em Aécio, para que a documentação fosse registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
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