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Júlio não descarta saída do União Brasil e diz que 'ambiente é muito favorável a um possível racha'

Da Redação - Rodrigo Costa / Do Local - Max Aguiar

O clima no União Brasil está bastante tenso nos últimos dias. Com Botelho prestes a sair para o PSD, surge também a possibilidade de outra baixa na sigla: a do deputado estadual Dilmar Dal Bosco, que é líder do governo na Assembleia. E parece que não para por aí. O deputado estadual Júlio Campos não descartou a possibilidade de sua saída do União e disse que, hoje, o ambiente no partido é “muito favorável a um eventual racha". 

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Conforme reportagem do Olhar Direto, Dal Bosco entregou ao governador Mauro Mendes, presidente do União, uma carta com pedido de desfiliação da sigla, a saída da liderança no Poder Legislativo e a liberação de todos os seus cargos no Executivo. A expectativa é que ele migre para o Partido da Renovação Democrática (PRD). 

Questionado se ele poderia fazer o mesmo caminho de seu companheiro de partido e deixar o União, Júlio deixou a possibilidade em aberto. “Estamos conversando, tudo é possível, né?”, respondeu. “Não há nenhuma decisão final, mas o ambiente é muito favorável a um possível racha na União Brasil”. 

Ele acrescentou ainda que não há nenhum impeditivo que possa dificultar a saída de Dilmar e outros integrantes da sigla. “Eu acho que está todo mundo liberado [caso queira sair]”. 

Segundo o deputado, num encontro realizado em abril de 2022, época em que foi montado o diretório, quatro parlamentares apresentaram uma carta dizendo que se não houvesse  mudança na composição do diretório regional, os quatro sairiam - inclusive o próprio Júlio. 

“E nesse dia foi autorizado pela Comissão Executiva, na época ainda era Comissão Executiva Provisória, de que qualquer político que quisesse deixar o partido teria plena liberdade para deixar sem nenhuma contestação junto à Justiça Eleitoral”, afirmou o deputado Júlio Campos. 

O parlamentar aproveitou a entrevista e voltou a criticar o modo como o partido conduziu a criação das chamadas comissões provisórias no União Brasil. Conforme Júlio, foi esse um dos motivos que provocou a saída de Dal Bosco da secretaria-geral da sigla e aumentou sua instalação dentro do partido. 

“Veja bem, para você montar uma comissão provisória num município que você tem base forte, que você comandou as eleições, é uma dificuldade muito grande. O sistema de computação do TSE exige uma senha. Essa senha, em vez de ficar na mão do secretário-geral, que é o homem encarregado do partido, ficou na mão do servidor público Aécio Rodrigues, que é tesoureiro do partido. Tesouraria é assunto financeiro, não é assunto de comissão provisória”. 

“A Secretaria-geral é quem organiza o partido. Então teve esse problema e o Dilmar até abandonou a secretaria-geral, que está vaga”. 
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